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sábado, 27 de novembro de 2010

Pirate Bay perde julgamento sobre download ilegal em tribunal de apelação na Suécia

Uma corte de apelação sueca reafirmou o veredicto contrário aos três homens por trás do site de compartilhamento Pirate Bay, a partir da diminuição das sentenças de prisão e do aumento da multa aplicada aos réus (de US$ 4,57 milhões para US$ 6,57 milhões).

O novo julgamento sentenciou Fredrik Nej, Peter Sunde e Carl Lundstrom a dez, oito e quatro meses de prisão, respectivamente. No ano passado, todos haviam sido condenados a um ano de prisão.

Bob Strong -3.mar.09/Reuters

Da esq. para dir., fundadores do site sueco Pirate Bay, em guerra com gravadoras: Fredrik Neij, Gottfrid Svartholm e Peter Sunde
O nome de Gottfrid Svartholm Warg, o quarto condenado no ano passado, não figura na solicitação de apelação.

"A corte de apelação, como o tribunal distrital, entende que o serviço Pirate Bay facilitou o compartilhamento ilegal por uma maneira passível de punição devido a todos que usufruíram do serviço", disse a corte, em comunicado.

Mesmo com a decisão, o site se mantém no ar --seus servidores estão hospedados nas ilhas Seychelles.

O Partido Pirata, que tem um assento no Parlamento Europeu, criticou a decisão da corte sueca.

"Esse caso foi politicamente motivado desde o começo e [o problema] deve ser resolvido politicamente", disse o líder do Partido Pirata, Rick Falkvinge.

Fundado em 2003, o Pirate Bay viabiliza a troca de material protegido por direitos autorais ou não, usando a tecnologia de torrent (em que partes do arquivo podem ser acessadas por outros internautas assim que são baixadas para o computador de cada usuário).

Entretanto, nenhum dos materiais é encontrado nos servidores do site, que tem 22 milhões de usuários no mundo, segundo seus administradores.

ENTENDA O CASO

Fredrik Neij, Peter Sunde, Gottfrid Svartholm Warg e Carl Lundström tinham sido condenados em abril de 2009 a um ano de prisão e a pagar uma indenização de 30 milhões de coroas suecas (US$ 4,7 milhões) por violar a lei de direitos autorais.

A sentença os considerou cúmplices de um delito por proporcionar a tecnologia necessária (conhecida como bit torrent) para promover downloads que são "transferências ilegais ao público de produtos protegidos por direitos autorais".

Os juízes rejeitaram então a tese da defesa, de que os acusados tinham se limitado a fornecer uma ferramenta legal e que a decisão de baixar material protegido era exclusivamente dos usuários, destacando que eram conscientes do delito e que dirigiam o portal de forma organizada e com fins comerciais.

No primeiro julgamento, a acusação particular, que agrupa multinacionais como Warner Bros, MGM, Sony BMG e Universal, tinha solicitado 100 milhões de coroas suecas (11 milhões de euros).

A Corte de Svea suspendeu nesta terça-feira, durante meia hora, a primeira sessão devido à ausência de um dos acusados, Warg, residente no Camboja, que supostamente está doente.

Os juízes decidiram seguir a audiência com os outros acusados, que se apresentaram apesar viver fora da Suécia, e permitir a Warg que se apresente mais tarde, desde que possua atestado médico.

O segundo julgamento contra o The Pirate Bay, adiado durante meses por uma recusa da defesa contra dois juízes, volta atualizar um processo iniciado em 2005, quando a Promotoria sueca abriu um caso contra o portal, criado um ano antes em Estocolmo.

A polícia sueca deteve, em maio de 2006, três dos acusados, em uma batida na qual foram confiscados todos os servidores.

Os quatro responsáveis foram acusados formalmente em janeiro de 2008, embora o julgamento não tenha começado até um ano depois.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Windows Phone 7 chega a 15 mil desenvolvedores, diz Microsoft

Microsoft anunciou que há 15 mil desenvolvedores trabalhando em aplicativos para o seu sistema operacional móvel, oAlém disso, segundo o site VentureBeat, por volta de 3.000 aplicativos já estão disponíveis para o sistema operacional.

"É um bom sinal para um sistema operacional móvel nascente que tenha por volta de 13 mil desenvolvedores no começo deste mês", diz o site.

Para efeito de comparação, a App Store, da Apple, tem 300 mil aplicativos, enquanto o Android Market, do Google, detém 100 mil
Windows Phone 7.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mais da metade dos norte-americanos checam e-mails de trabalho durante feriados

Uma pesquisa, conduzida pelas empresas Xobni e Harris Interactive e divulgada nesta quinta-feira (23), concluiu que 59% dos adultos norte-americanos chegam e-mails profissionais durante feriados como Ação de Graças e Natal.

Além disso, 28% do total de pessoas entrevistadas afirmam que fazem isso algumas vezes ao longo do dia, e 19% se consideram aliviados ou felizes após o ato.

Considerando-se apenas os que chegam e-mail, 79% afirmaram que costumam receber mensagens de colegas e clientes nos dias em que não vão trabalhar. Apenas 41% afirmam não se sentirem bem quando isso acontece.

A maioria dos entrevistados --42%-- considera que checar os e-mails profissionais durante feriados alivia a carga de trabalho que terão quando retornarem.

Em setembro, a Xobni, que desenvolve ferramentas e aplicativos relacionados à comunicação on-line, havia divulgado uma pesquisa afirmando que 50% dos cidadãos dos EUA checa e-mails profissionais durante as férias.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Grupo dono da Wizard compra rede Yázigi por R$ 100 milhões

Menos de uma semana após ter fechado o aporte de R$ 200 milhões com a Kinea, empresa de investimentos controlada pelo banco Itaú, o Grupo Multi, dono da rede de escolas de idiomas Wizard, fechou a compra da Yázigi.

A transação, avaliada em R$ 100 milhões, prevê a incorporação de 420 escolas franqueadas. A Yázigi, rede de ensino de idiomas mais antiga do país, fundada em 1950, atingiu R$ 250 milhões em faturamento em 2009.



Segundo Charles Martins, presidente do conselho do Multi, a intenção é posicionar a Yázigi como braço de ensino de inglês e espanhol para alunos das classes A e B.

As conversas com o Yázigi começaram no ano passado, mas não avançaram. A chegada do Kinea como sócio minoritário do Multi, na semana passada, acelerou as negociações.

"Tentamos algumas conversas no ano passado, mas o Yázigi estava muito fechado e não queria vender a operação para concorrentes. A chegada do Kinea facilitou o processo de aquisição", diz.

Com o aporte, anunciado na quinta-feira passada, o Kinea passou a ser sócio minoritário do Grupo Multi com participação inferior a 20%.

De acordo com Martins, do total de recursos investidos pela Kinea, 90% serão destinados a novas aquisições.

Outra área de interesse da companhia, além de redes de idiomas e de ensino profissionalizante, é a de sistemas de ensino que, segundo Martins, já é alvo de estudos.

"O mais interessante da parceria com o Kinea foi a possibilidade de trazer novos negócios para a rede, não apenas o dinheiro. A aquisição do Yázigi teve muita participação do fundo", afirma.

Embora tenha sido alvo de quase dez fundos de investimento nos últimos anos, o Grupo Multi recusou-se a vender o controle da companhia e preferiu manter a gestão sob controle da família Martins.

INTEGRAÇÃO DE ESCOLAS

Desde o início do ano, o Multi adquiriu cinco empresas. Além da Yázigi, foram incluídas também a Quatrum, de ensino de idiomas para crianças baseada no Sul do país, e as redes profissionalizantes SOS Computadores, Microlins e Bit Company.

As empresas foram somadas às unidades de Wizard, Skill e Alps, em idiomas, e à People, em ensino profissionalizante. No total, a empresa tem hoje nove marcas.

Para digerir as aquisições, a empresa criou uma unidade de negócios com cinco gestores dedicada exclusivamente a integrações de métodos, escolas e funcionários.

"Também aumentamos o número de diretores de 3 para 12 desde o início do ano, que são responsáveis pelas marcas", diz Martins.

A aquisição do Yázigi fará o faturamento do Grupo Multi saltar para R$ 2,3 bilhões no ano. A rede encerrará o ano com 3.520 escolas no Brasil, nos EUA, na Ásia, na África, na Europa e na América Latina.

Embora não tenha nenhuma data planejada, o Grupo Multi espera abrir o capital ao longo dos próximos anos. Segundo Cristiano Lauretti, diretor de "private equity" do Kinea, a intenção com o investimento na companhia é multiplicar os recursos investidos até a saída via IPO.