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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Capitão do Uruguai, Lugano critica propaganda de fantasma azul da Copa de 50

zagueiro Lugano, capitão da seleção uruguaia, criticou a propaganda em que um fantasma azul, cor da camisa do Uruguai, passeia por pontos turísticos do Rio de Janeiro e assusta os cariocas. A propaganda, feita pela Puma, que fabrica o uniforme da seleção uruguaia, é uma provocação aos brasileiros, que foram derrotados pelo país vizinho na final do primeiro Mundial que sediaram, em 1950. "Não gostamos do tema fantasma porque não é o que pensamos na seleção", disse Lugano em entrevista ao jornal "El Observador", do Uruguai. O zagueiro afirmou ainda que foi procurado por vários diários e rádios do Brasil para falar sobre a propaganda.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Lei de Cotas ajuda a quebrar mito da democracia racial, diz pesquisadora

A Lei de Cotas ajuda a quebrar o mito da democracia racial. Essa é a avaliação de Eugenia Portela Siqueira, pesquisadora da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados). Para a professora, a implementação da política afirmativa reconhece a existência do preconceito racial na sociedade e a necessidade de fortalecer a identidade do negro e do indígena. Marcelo Camargo/ABr Para pesquisadora, cota exige "real democratização" da universidade Até 2016, 50% das vagas das federais devem ser de estudantes de escola pública Wikimedia Commons Ensino sobre história africana ainda é escasso nas escolas brasileiras Eugenia estuda as relações étnico-raciais na educação. No seu doutorado, a professora acompanhou 31 alunos cotistas do Prouni (programa federal de bolsas em universidades privadas). Em seus depoimentos, os estudantes contavam casos de discriminação racial e social sofridos dentro do ambiente acadêmico e do mercado de trabalho. "A presença do negro e do indígena na universidade ainda causa impacto", garante a professora que acredita que o desafio das universidades é o de reafirmar a identidade étnica dos estudantes e aproveitar o momento de troca de experiências para combater o preconceito na sociedade. Confira abaixo trechos da conversa que aconteceu durante o I FNAC (Fórum Nacional de Alunos Cotistas), no Memorial da América Latina, em São Paulo. De que maneira a Lei de Cotas ajuda a reduzir a desigualdade racial do país? [A Lei de Cotas] Deu uma balançada no mito da democracia racial no Brasil. Isso é inegável. Historicamente qual era o espaço do negro na sociedade? Era o da doméstica, o do frentista. Se pegarmos os dados de emprego, a população negra ainda é mal remunerada, tem menor rendimento e tudo mais. Mas já teve alguma mudança. Tem que ter uma discussão para quebrarmos esse paradigma de democracia racial. A presença do negro em espaços que historicamente foram reservados a brancos incomoda. A universidade ainda é eurocêntrica. Quem é que começou a estudar neste país? Quem é que foi para fora estudar? Os ricos, os brancos. A universidade ainda tem esse modelo, a presença do negro e do indígena nesse espaço ainda causa impacto. Como se dá a inclusão dos cotistas negros dentro das universidades, que não costumam ter professores negros? É importante que os grupos de estudo e os núcleos afro-brasileiros afirmem a identidade desses alunos. Muitas alunas na pedagogia se identificaram negras depois que eu comecei a dar aula lá... A primeira orientanda que eu tive, eu olhava os traços dela, eu via que ali tinha a presença negra. Ela tem a pele um pouco mais clara que a minha, alisava o cabelo e clareava com luzes. Eu brinco com ela que ela foi enegrecendo. O cabelo foi ficando encaracolado, e hoje ela parece outra pessoa. Historicamente nosso cabelo foi negado, porque é cabelo ruim, 'cabelo de nego'. O nosso nariz foi considerado feio, a bunda, feia. Esses estereótipos estão na mídia, com as "belas adormecidas" da vida, os anjinhos da vida. A criança negra cresce sendo negada, negada a cor, negado o cabelo. Como é que você vai afirmar a identidade se você é negra e passa a vida toda brincando com boneca branca? Tem anjinho na igreja, você não pode ser. É esse racismo cordial que existe na sociedade brasileira que tornou tudo mais difícil. Na universidade não é diferente. Hoje ela abre espaço, mas tem professor contra cota na universidade? Tem. Tem professor que discrimina aluno? Tem. Porque o preconceito está impregnado nas pessoas. Tem pessoas que duvidam da sua capacidade. Quais os desafios que a Lei de Cotas impõem às universidades? Não basta dar o acesso, a universidade não acolhe como deve acolher. O grande desafio da universidade é fortalecer a identidade desses grupos, mostrar que [cotas] não é um favor, é um momento em que o Brasil precisa rever o que historicamente fez. É usar a riqueza dessa troca [entre grupos diversos] para que haja respeito entre os grupos. A universidade ainda não consegue fazer isso. Não tem uma equipe para dizer [para o cotista] que vaga é essa que ele está ocupando, qual é a política pública, de fortalecer a identidade étnico-racial. Qual o impacto que uma política afirmativa como essa pode ter? A presença desses alunos [negros e indígenas] na universidade, sua entrada no mercado de trabalho, isso modifica as relações étnico-raciais na sociedade e, consequentemente, a sociedade como um todo.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Bola de Neve tenta barrar ‘biografia’ sobre marketing e igreja

Bola de Neve, igreja evangélica liderada por um pastor surfista que usa pranchas como púlpito, tentou barrar na Justiça o livro “A Grande Onda Vai te Pegar – Marketing, Espetáculo e Ciberespaço na Bola de Neve Church”. Virou marola a ação apresentada na 2ª Câmara de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo: uma liminar para proibir o lançamento da obra foi negada aos advogados da igreja. O título teoriza sobre supostas estratégias de mercado adotadas pelo apóstolo Rina, que fundou a “church” em 1999. Trata-se de um tipo que dispensa gravatas e adota leve topetinho (com cabelo mais tosado nos lados) para combinar com o estilo “mamãe passou Cenoura & Bronze em mim”, popular entre os jovens, formado em marketing e pós-graduado em administração. Alguns subcapítulos do livro da discórdia: Marketing ‘de Jesus’ e teologia da prosperidade Conhecendo/acessando a lojinha/shopping/Planet Bola É dando à igreja que se recebe de Deus: preparando davis para as finanças Nós somos a dobradiça da porta: as mulheres do Bola como costela Em púlpito de prancha, pastor prega na Bola de Neve da Pompeia, em São Paulo (Diego Shuda/Folhapress) Eduardo Meinberg Maranhão, 40 anos, o “Du”, foi fiel da igreja entre 2005 e 2006. Já ex-“bolado”, defendeu em 2010 uma dissertação de mestrado em história, na Universidade do Estado de Santa Catarina, sobre a instituição. O trabalho acadêmico virou livro, que logo virou dor de cabeça para seu autor. No último 30 de outubro, durante o lançamento da obra na USP, Du foi interpelado por um advogado da Bola. “Ele tentou me persuadir, dizendo que eu teria problemas caso lançasse o livro.” Nos autos do processo, o juiz cita o artigo 20 do Código Civil –que veta biografias não autorizadas e que Roberto Carlos e Caetano Veloso, antes de procurarem se desentender, lutavam para preservar. Para o juiz Alexandre Marcondes, a utilização desse dispositivo “apenas será tolerada quando seja possível afastar, de imediato, a presunção constitucional de interesse público”. O que não seria o caso aqui: “O interesse público é inegável”. Para ele, o trabalho é acadêmico, e a igreja, apesar de ser pessoa jurídica de direito privado, “congrega interesses públicos e privados”.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Primeiros indícios apontam para falha técnica em acidente de avião na Rússia

Os primeiros indícios apontam para uma falha técnica como a causa mais provável do acidente no qual morreram 50 pessoas na queda de um avião Boeing 737-500 no aeroporto da cidade russa de Kazan, capital da república da Tartária, no domingo. Rota do Boeing 737 que explodiu Avião partiu de Moscou e caiu em Kazan (720 km da capital russa). Ao menos 50 morreram O piloto do aparelho, Rustem Salijov, decidiu abortar a primeira tentativa de aterrissagem e fazer uma segunda, após o que informou à torre de controle do aeroporto que o avião não estava pronto para chegar. O Comitê de Instrução (CI) russo, que abriu uma investigação sobre o acidente, disse que as causas que levaram o piloto a desistir da primeira tentativa de aterrissagem e dar uma segunda volta são desconhecidas. O chefe regional para Transporte do CI, Aleksandr Poltinin, disse que a investigação trabalha com "duas versões principais: uma falha de pilotagem e fatores técnicos". As companhias aéreas Tartária, que exploravam o aparelho acidentado em regime de aluguel da búlgara Bulgarian Aviation Group, asseguraram que o avião estava em boas condições técnicas, e que tinha sido revisado várias vezes no dia do acidente, no qual já tinha realizado outros três voos.

domingo, 17 de novembro de 2013

Condenados do mensalão estão no presídio da Papuda, em Brasília

Os 11 condenados do mensalão já estão presos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Às 19h33, o ônibus com os 9 réus condenados que vieram a Brasília de São Paulo e Belo Horizonte entrou no presídio. Poucos minutos depois, os ex-tesoureiros Delúbio Soares (PT) e Jacinto Lamas (PL, ex-PR), que estavam presos na Superintendência da PF, também chegaram ao local. A detenção foi confusa e marcada por desentendimentos entre polícia e instâncias da Justiça. A PF queria que os presos fossem à penitenciária da Papuda, que é isolada de Brasília e pode receber tanto presos em regime fechado quanto em semiaberto, para evitar confusão na frente de sua Superintendência Regional --que fica dentro da capital. A Vara de Execuções Penais do DF, designada pelo Supremo para cuidar dos presos, no entanto, não recebeu a chamada carta de sentença com orientações sobre como proceder com cada um dos condenados. O juiz da vara, Ademar Silva Vasconcelos, queixou-se de não ter recebido o documento do relator do caso, o presidente do STF, Joaquim Barbosa. O ministro não se manifestou. A PF pressionou para enviar os detidos à cadeia, até porque só possui duas celas e quatro camas em sua superintendência local. Não estava claro até a conclusão desta edição se o juiz tomou a decisão sozinho. Além disso, durante o dia todo um carro de som contratado pelo PT-DF ficou na frente do prédio, que se situa no final da Asa Sul de Brasília. Houve palavras de ordem e o hino socialista "A Internacional" tocado alto. No auge do protesto, no começo da noite, havia cerca de 80 pessoas no local, inclusive uma deputada federal, Erika Kokay (PT-DF). Manifestantes empurraram e provocaram jornalistas. Os presos fizeram um périplo aéreo. O ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente petista José Genoino foram pegos no começo da tarde em São Paulo por um jato EMB-145 da PF. Ninguém estava algemado, seguindo decisão do Supremo que só determina a medida em caso de risco de violência. De lá, o avião foi a Belo Horizonte, onde recolheu o operador do mensalão, Marcos Valério de Souza, e outros seis condenados. Chegaram a Brasília às 17h45. As duas mulheres do grupo devem ser encaminhadas a uma unidade feminina.