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sábado, 25 de fevereiro de 2012

75% das TVs fabricadas no país terão software Ginga em 2013

partir do próximo ano, 75% das TVs fabricadas no Brasil terão de conter o software Ginga, que permite a interatividade do telespectador com a emissora no modelo brasileiro de TV digital.

Os ministérios da Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento assinaram ontem o decreto que define o cronograma de adoção do programa.

De junho a dezembro deste ano, será opcional para a indústria introduzir o software em sua produção. No entanto, a porcentagem de televisores com o programa fabricadas nesse período será descontada da cota de 2013.

Por exemplo, se uma empresa introduzir o Ginga em 10% de sua produção no segundo semestre de 2012, terá apenas que cumprir uma cota de 65% em 2013.

Em 2014, as empresas terão de cumprir a cota de 90% de TVs com o Ginga embutido. A regra vale para todos os modelos e tamanhos de televisores, salvo os de tubo, mais antigos.

INCENTIVOS

As empresas que não adotarem o cronograma não terão os incentivos fiscais do PPB (Processo Produtivo Básico), que define índices de nacionalização.

Com o Ginga, o telespectador poderá, por exemplo, participar de enquetes feitas pela emissora ou escolher um ângulo de câmera diferente num jogo de futebol. O Ginga aceita vários tipos de aplicativos, que serão desenvolvidos ao longo do tempo.

A medida saiu após várias rodadas de negociação frustradas entre governo e indústria, que queria mais tempo para introduzir o software e menos exigências.

A proposta anterior do governo exigia a obrigatoriedade do Ginga em 30% dos televisores a partir de junho de 2012, de 60% em 2013, e 90% em 2014.

A indústria pediu para que a medida começasse a valer a partir de outubro de 2012, para apenas 10% das TVs com acesso à internet, que equivalem a 20% do total. Ou seja, a indústria queria introduzir o Ginga em 2% do total das TVs.

O argumento da indústria para "atrasar" a adoção do Ginga é de que o sinal da TV digital não está em todas as cidades e ainda com um cronograma de implantação atrasado. As emissoras ainda usam pouco os recursos de interatividade do Ginga.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Gigantes da tecnologia assinam acordo sobre privacidade

Seis das maiores companhias mundiais de tecnologia firmaram acordo para oferecer mais informações quanto às suas normas de privacidade antes que usuários baixem aplicativos, a fim de proteger os dados pessoais de milhares de consumidores, anunciou a secretária da Justiça da Califórnia na quarta-feira.
■Governo dos EUA revela plano de proteção de dados pessoais na internet

O acordo prevê que Amazon, Apple, Google, Microsoft, Research In Motion e Hewlett-Packard --além dos programadores que criam software usando suas plataformas-- revelem de que forma utilizam dados privados, antes que um aplicativo seja baixado, segundo a secretária Kamala Harris.

"O custo do uso de aplicativos para aparelhos móveis não deveria ser uma perda de privacidade pessoal, mas muitas vezes é", afirmou.

Atualmente, 22 dos 30 aplicativos mais baixados não oferecem informações quanto a privacidade. Alguns deles permitem acesso às agendas de contatos dos usuários.

O Google afirmou em comunicado que, sob os termos do acordo da Califórnia, os usuários do Android terão "ainda mais maneiras de tomar decisões no que tange à sua privacidade".

A Apple confirmou o acordo, mas não acrescentou detalhes.

Harris também estava entre as autoridades norte-americanas que, na quarta-feira, enviaram uma carta a Larry Page, presidente-executivo do Google, para expressar "séria preocupação" quanto à recente decisão do gigante da Web de consolidar suas normas de privacidade.

A mudança de normas daria ao Google acesso a informações de usuários de diferentes produtos da companhia, como o Gmail e o Google Plus, sem que o usuário tenha o direito de optar por não revelá-las, afirmaram os 36 secretários de Justiça estaduais que assinaram a carta.

Autoridades da União Europeia solicitaram que o Google adie a mudança do sistema até que as organizações regulatórias possam investigar o assunto.

A lei estadual de proteção da privacidade online aprovada pela Califórnia em 2004 requer que as empresas notifiquem os usuários quanto a normas de privacidade, mas Harris ressaltou que poucos criadores de aplicativos a seguiram nos últimos anos porque há dúvidas no caso de aplicativos móveis.

"A maioria dos aplicativos móveis não se esforça em explicar ao usuário de que forma suas informações são usadas", disse Harris em entrevista coletiva. "O consumidor precisa ser informado quanto ao que está cedendo".

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Internet amplia acesso a pesquisas científicas e desafia conservadores

Há séculos, a pesquisa científica é feita em particular, e então apresentada a publicações para ser revisada por outros cientistas e, mais tarde, é publicada.

Mas, para muitos cientistas, o sistema parece antiquado, caro e elitista. A revisão por pares pode demorar meses, as assinaturas de publicações costumam ter custo exorbitante, e um punhado de guardiões limita o fluxo das informações ao grande público.

É um sistema ideal para partilhar informações, disse o físico quântico Michael Nielsen, desde que "você se atenha às tecnologias do século 17".

Nielsen e outros defensores da "ciência aberta" afirmam que a ciência pode realizar muito mais, com mais rapidez, no ambiente livre de atritos da colaboração via internet. E, apesar do ceticismo de muitos pesquisadores, suas idéias estão se espalhando.

Nos últimos anos, surgiram arquivos e publicações com livre acesso, como o arXiv e a Biblioteca Pública de Ciências (PLoS, na sigla em inglês). O GalaxyZoo, um site de ciência-cidadã, já classificou milhões de objetos espaciais, descobrindo características que levaram a uma série de trabalhos científicos. E uma rede social chamada ResearchGate --onde os cientistas responder a perguntas de colegas, partilhar trabalhos e encontrar colaboradores --está rapidamente se popularizando.




Timothy Fadek/The New York Times








Ijad Madisch (em pé), criador do ResearchGate, uma rede social para cientistas


Editores de publicações tradicionais dizem que a ciência aberta, na teoria, parece boa. Mas, na prática, "a comunidade científica em si é bastante conservadora", disse Maxine Clarke, editora-executiva da revista "Nature", acrescentando que a publicação de trabalhos na forma tradicional ainda é vista como "uma unidade na concessão de verbas ou na avaliação de empregos e cargos".

Nielsen, 38, que largou uma bem-sucedida carreira científica para escrever "Reinventing Discovery: The New Era of Networked Science" ("Reinventando a Descoberta: a Nova Era da Ciência em Rede"), admitiu que os cientistas estão "muito inibidos e lentos para adotar muitas ferramentas on-line", mas acrescentou que a ciência aberta está se aglutinando para virar "meio que um movimento".

O ResearchGate, com sede em Berlim, foi ideia de Ijad Madisch, 31, virologista e cientista da computação formado em Harvard. "Quero tornar a ciência mais aberta", disse ele. Criada em 2008 com poucos recursos, a rede hoje reúne 1,3 milhão de membros, segundo Madisch, e já atraiu milhões de dólares em investimentos.

O site é uma mistura de Facebook, Twitter e LinkedIn, com páginas de perfil, comentários, grupos, listas de vagas profissionais e botões de "curtir" e de "seguir", embora só cientistas possam fazer e responder perguntas.

Ele também tem um atalho para o restritivo acesso às publicações. Como a maioria das revistas autoriza os cientistas a colocarem em seus sites links para trabalhos apresentados por eles próprios, Madisch estimula seus usuários a fazerem isso nos seus perfis do ResearchGate.

Greg Phelan, chefe do Departamento de Química da Universidade Estadual de Nova York, em Cortland, usou o site para encontrar novos colaboradores, receber orientação de especialistas e ler artigos acadêmicos que não estavam disponíveis por intermédio da sua pequena universidade.

Alterar o "status quo" --abrindo dados, trabalhos, sugestões de pesquisa e soluções parciais-- ainda é algo mais para ideia do que para realidade.

Como argumentam as publicações estabelecidas, elas oferecem um serviço crucial, que não sai barato. "Temos de cobrir os custos", disse Alan Leshner, editor da "Science", uma revista sem fins lucrativos.

Esses custos rondam os US$ 40 milhões por ano, para bancar 25 editores e redatores, o pessoal de produção e de vendas, e escritórios na América do Norte, na Europa e na Ásia, sem falar dos gastos com impressão e distribuição.

Periódicos abertos e com revisão por pares, como a "Nature Communications" e a "PLoS One", cobram taxas dos autores publicados --US$ 5.000 e US$ 1.350, respectivamente-- para arcar com suas despesas, mais modestas.

Madisch admitiu que talvez jamais atinja muitos cientistas renomados para os quais as redes sociais podem parecer uma perda de tempo. Mas espere, disse ele, até os cientistas mais jovens, acostumados às redes sociais, começarem a comandar laboratórios.

"Se anos atrás você dissesse: 'Um dia você vai estar no Facebook compartilhando todas as suas fotos e informações pessoais com os outros', não iriam acreditar em você", disse ele. "Estamos só no começo. A mudança está vindo rapidamente."

Leshner concorda que as coisas estão se mexendo. "Será que o modelo das revistas científicas será o mesmo daqui a dez anos? Duvido muito, acredito na evolução

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Samsung remodela área de produção de TVs

sul-coreana Samsung, a maior fabricante de televisores do mundo, está mudando seu foco relacionado à nova geração de tecnologia de telas OLED, e informou que vai transformar seu negócio de fabricação de telas planas de cristal líquido (LCD) em uma subsidiária.

As perspectivas para TVs de telas de cristal líquido diminuíram quando compradores em mercados desenvolvidos têm trocado suas volumosas TVs de tubo por telas planas, e a competição foi intensificada pelos fabricantes chineses de baixo custo.

Vendas anuais globais de TVs de LCD vão contrair em 8%, para US$ 92 bilhões, até 2015, segundo previsão da DisplaySearch, empresa de pesquisa da indústria. Ao mesmo tempo, o mercado de telas de OLED pode chegar a US$ 20 bilhões até 2018, o que corresponde a 16% do total do segmento, acima dos atuais 4%.

A japonesa Sony aceitou sair de sua joint venture de LCD com a Samsung em dezembro, enquanto a Sharp informou que poderia dividir sua produção de LCD entre janeiro e março em uma planta no oeste do Japão.

A divisão de LCD da Samsung registrou um prejuízo operacional de 750 bilhões de wons (US$ 666 milhões) no ano passado.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Jennifer Lopez deixa o Brasil durante o carnaval

Na noite desta segunda-feira (20), enquanto artistas, personalidades e anônimos conferiram o segundo dia de desfile das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro, Jennifer Lopez deixava o hotel Fasano rumo aos Estados Unidos. Acompanhada do namorado, o bailarino Casper Smart, e de integrantes de sua equipe, ela seguiu rapidamente para o aeroporto protegida pela mesma equipe de segurança, que a levou ao sambódromo.

J-Lo teria recebido um cachê de 2 milhões de dólares para ser a estrela do camarote da Brahama na noite de domingo (19), no carnaval carioca. A estrela gravou um comercial em que arrisca algumas palavras em português e mostra seu gingado.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Publicidade em celulares é novo desafio do Facebook

Muitas pessoas adoram seus celulares. O Facebook, até agora, não é grande fã desses telefones.

Em meio às cifras financeiras espantosas que a empresa revelou em 1° de fevereiro, quando registrou sua oferta pública de ações, estava uma confissão interessante. Embora mais de metade de seus 845 milhões de membros se conecte ao Facebook por um aparelho móvel, a empresa ainda não encontrou uma maneira de ganhar dinheiro com isso.

"No momento, não geramos nenhuma receita significativa com o uso do Facebook em produtos móveis, e nossa capacidade de fazê-lo não foi comprovada", disse a empresa em sua revisão de riscos.




Bay Ismoyo/France Presse








Meninas indianas mostram seus Murais do Facebook na tela de smartphones


Num mundo que avança rapidamente para uma era de computação móvel, esse é um problema preocupante para o Facebook, a estrela mais brilhante do Vale do Silício -mais ainda porque boa parte do crescimento dela neste momento está se dando em países como Chile, Turquia, Venezuela e Brasil, onde as pessoas acessam a internet em grande medida através do telefone celular.

O Facebook não é a única empresa que luta para traduzir seu sucesso na internet para aparelhos móveis, onde o espaço na tela é valioso e onde as pessoas têm pouca paciência para superlotação da tela ou para demoras em carregar informações. Esse é um problema que aflige companhias tão diferentes quanto jornais e o serviço de streaming radio Pandora, e é provável que se intensifique. Em 2011, segundo relatório da empresa de pesquisas Canalys, foram vendidos no mundo mais smartphones que computadores.

Mas a questão parece ganhar urgência especial para o Facebook, que é tremendamente popular entre seus usuários e é visto como o empreendimento do futuro, um híbrido de ponto de encontro social e canal de informações, plataforma e editora. Em outras palavras: se o Facebook não encontrar uma resposta, quem poderá?

"Esse é um enorme calcanhar de Aquiles para o Facebook", disse Susan Elinger, consultora do Altimeter Group, que presta assessoria de tecnologia. "Existe um movimento claro em direção a mais consumo de mídia social em aparelhos móveis, e o Facebook não tem uma estratégia para conseguir receita com isso. Ele ainda não encontrou uma resposta."

O Facebook se negou a comentar antecipadamente sua oferta de ações, mas a empresa fez uma revisão de suas preocupações no registro da oferta, afirmando prever que seus usuários em aparelhos móveis "superem o ritmo de crescimento de nossos usuários ativos totais no futuro previsível". E, se os executivos não conseguirem mapear um caminho que leve à lucratividade nas plataformas móveis, "a receita e os resultados financeiros da empresa poderão ser negativamente afetados".

De acordo com especialistas, está em jogo uma parcela importante de receita publicitária. Segundo pesquisa da eMarketer, os gastos totais com publicidade em aparelhos móveis nos Estados Unidos devem chegar a US$ 2,6 bilhões neste ano. Mas isso ainda será apenas uma parte pequena de um mercado de publicidade on-line que deve chegar a US$ 39,5 bilhões.

O Google, concorrente do Facebook na internet, foi o maior participante do mercado de anúncios em celulares no ano passado, com receita de US$ 750 milhões, e a Apple ficou em segundo lugar, com mais ou menos US$ 90 milhões, segundo a eMarketer.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Projeções transformam prédios em telões para arte 3D

Existe um prédio comercial no cruzamento da Canal Street e da West Broadway, no centro de Manhattan, com uma lateral branca, sem janelas, que a maioria das pessoas consideraria feia. Para J.R. Skola, a lateral do prédio serviu como um telão de seis andares de altura para a exibição de um trabalho itinerante chamado "Space Monkey".

Fundador do coletivo de arte "Dawn of Man" (Aurora do Homem), Skola usou um laptop, um gerador portátil e um projetor amarrado ao capô de seu carro para exibir na lateral do prédio um vídeo em tamanho gigante de um macaco dançante (na realidade, um amigo fantasiado). Enquanto o animal agitava os braços, as pessoas paravam na rua para olhar, espantadas, e tiravam fotos.




Divulgação/Urbanscreen.com








"555 Kubik", projeção da empresa alemã Urbanscreen


"Quando projetamos o filme no Lower East Side, os bêbados tentam dançar como o macaco", contou Skola. Ele e seu parceiro artístico, Max Nova, criam projeções "de guerrilha" -trabalhos que são exibidos para o público sem os alvarás necessários. Esses trabalhos fazem parte de um cenário artístico de "mapeamento em vídeo" que vem ganhando força em Nova York, em Londres e em outros centros urbanos.

Embora a arte projetada em vídeo não seja novidade, ela vem se tornando muito mais ambiciosa graças aos avanços recentes no mapeamento de projeção em 3D, uma tecnologia que ajuda a criar a ilusão de movimento multidimensional em volta dos contornos de qualquer superfície, independentemente de sua forma. E já existem no mercado versões mais baratas do software de mapeamento em vídeo.

Essas projeções não exigem o uso de óculos especiais para serem vistas em três dimensões; clipes on-line populares, como o que mostra mãos tocando um prédio como se fosse um piano, da empresa alemã Urbanscreen, demonstram o poder sedutor dessa mídia. "É um novo mundo em que os artistas podem expor seus trabalhos em qualquer lugar", disse David Haroldsen, diretor criativo de um festival global de artes tec chamado Projeto dos Criadores. "É brilhante, surpreendente, novo e realmente atrai os jovens."

Um dos festivais mais conhecidos dedicados a essa forma de arte é a "Fête des Lumières", promovida há anos em Lyon, na França. A tradição da cidade de colocar velas acesas nas janelas das casas em homenagem à Virgem Maria data de mais de 150 anos, e nos últimos anos a versão moderna do festival começou a incorporar técnicas de mapeamento em 3D.

No dia 8 de dezembro, quando o festival foi inaugurado, a instalação "Urban Flipper" converteu a fachada de um velho teatro em uma das maiores máquinas interativas de "pinball" no mundo. Bolas ricocheteavam pela fachada, acompanhadas por uma enxurrada de barulhos de fliperama e efeitos luminosos.