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sábado, 28 de setembro de 2013

Descumprimento de jornada de trabalho por médicos é alvo de apurações

Não é só a falta de médicos que é motivo de preocupação na saúde pública brasileira. O não cumprimento da jornada de trabalho dos profissionais é outro problema vivido por Estados e municípios. A Folha mapeou casos na rede do SUS em pelo menos cinco Estados, que mobilizaram órgãos como Ministério Público de Minas Gerais e TCE (Tribunal de Contas do Estado) de Santa Catarina. Entidade defende fiscalização dos médicos pelo poder público No sudeste de Minas, por exemplo, a Promotoria cruza dados de médicos desde 2009 para constatar irregularidades --como a atuação ao menos três empregos públicos. O promotor Rodrigo Ferreira de Barros diz que a Constituição proíbe acúmulo de mais de dois cargos do tipo. A fiscalização resultou em cem inquéritos envolvendo profissionais das redes estadual e municipal que não cumpriam a carga horária --90% deles, médicos. Em dois procedimentos foram firmados TACs (termos de ajustamento) que resultaram na devolução de dinheiro aos cofres públicos. A ação será estendida para 94 municípios do sudeste mineiro. "O profissional que atua dessa forma pode responder por falsidade ideológica e crime contra a administração pública", disse Barros.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Troca de partidos envolve 47 congressistas no 1º dia

A aprovação dos dois novos partidos políticos do Brasil abriu ontem na Câmara a temporada de troca-troca de deputados entre as legendas. Em alguns casos, parlamentares foram disputados em uma espécie de "feirão" de filiações. A Folha identificou pelo menos 46 deputados -ou 8,9% da Casa- e um senador que negociam ingressar principalmente no oposicionista Solidariedade, do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), e no Pros (Partido Republicano da Ordem Social), montado por um ex-vereador do interior de Goiás e de tendência governista. Em dez anos, siglas receberam R$ 2,36 bi de financiamento público da Justiça eleitoral 'Tem de tudo aqui dentro', afirma fundador do Pros Rede usa criação de legendas para cobrar aprovação de registro As duas siglas, que receberam aval do Tribunal Superior Eleitoral na noite de anteontem, promoveram ontem reuniões em Brasília, cada uma com cerca de duas dezenas de deputados federais. Em alguns casos, como os dos deputados Marçal Filho (PMDB-MS) e José Humberto (PHS-MG), a filiação dos dois foi comemorada tanto por um quanto pelo outro partido. Editoria de Arte/Folhapress "Estou sendo disputado apenas como um deputado [qualquer]", minimizou Marçal Filho, que ameaça deixar o PMDB devido a divergências regionais com a sigla. O deputado afirmou ontem que ainda não se decidiu e que "tem resistência" a mudar de partido. O ex-atacante da seleção brasileira de futebol Romário (ex-PSB-RJ), que cumpre seu primeiro mandato e havia sido anunciado recentemente como "reforço" do PR de Anthony Garotinho, disse, segundo os dirigentes do Pros, "estar 99,9% fechado" com a nova legenda. No início da noite, conversava no plenário sobre seu futuro com Paulinho, como o presidente da Força Sindical é conhecido. Apesar de a Justiça Eleitoral ter estipulado em 2007 regras de fidelidade partidária que determinam a perda do mandato de quem muda de sigla, não há punição para a migração a novos partidos, o que tornaram o Solidariedade e o Pros as "estrelas" do atual troca-troca. Ainda falta saber se o TSE aprovará a Rede, o partido que Marina Silva quer montar para concorrer à Presidência. Posicionada num patamar de 25% das preferências, ela tem potencial de atração. Um cena presenciada pela Folha anteontem ilustra a corrida pelas filiações que tem tomado conta do Congresso. Elas têm que ser sacramentadas até o dia 5 (um ano antes das eleições) para que o candidato possa participar da disputa de 2014. Em movimentada mesa da sala de cafezinho do plenário da Câmara, o presidente do Pros, o ex-vereador Eurípedes Júnior, recebia, individualmente ou em grupo, deputados interessados em ingressar na legenda. Na mesa ao lado, Paulo Pereira da Silva, idealizador do Solidariedade e que deve apoiar Aécio Neves (PSDB) na campanha presidencial em 2014, fazia o mesmo com grupos distintos. Em pelo menos um caso, o "alvo" era o mesmo. Pouco depois de conversar com o Pros, o deputado José Humberto pulou para a mesa de Paulinho. "Tenho um convite do Solidariedade e do Pros, mas não são os únicos que eu tenho", desconversou o deputado à Folha.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Pagar tributos custou à indústria R$ 24,6 bilhões em 2012

A indústria de transformação gastou R$ 24,6 bilhões somente para pagar tributos no ano passado, valor que representa 10% da folha de pagamento do setor e o dobro do que investiram em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Burocracia afeta mais a receita da pequena indústria Análise: Custo da burocracia afasta investidores e tendência é ficar ainda mais alto Isso equivale a dizer que, para cada R$ 1.000 desembolsados no pagamento de impostos, a indústria gastou mais R$ 64,90 em burocracia. Editoria de Arte/folhapress "É um dinheiro perdido que vai para o ralo", diz José Ricardo Roriz Coelho, diretor do departamento de competitividade e tecnologia da Fiesp (federação da indústrias paulistas). "Em vez de investir em tecnologia para tornar a produção mais eficiente e entregar ao consumidor um produto melhor e mais barato, o empresário é obrigado a gastar com a burocracia tributária." Os custos diretos e indiretos da burocracia representam 2,6% do preço final dos produtos, considerado o efeito cascata na cadeia produtiva do pagamento de tributos desde a compra de insumos. É a primeira vez que a federação mensura o custo na indústria em nível nacional. Os dados, obtidos pela Folha com exclusividade, serão apresentados amanhã em seminário em São Paulo. O objetivo é discutir com os fiscos (estadual e federal) como simplificar o sistema, evitar o excesso de normas e reduzir o número de tributos. Para calcular o custo total gasto com pagamento de impostos, o levantamento considerou uma amostra representativa do setor, com 1.180 indústrias de todos os portes. Dos R$ 24,6 bilhões, a maior parte foi para pagar funcionários e gestores ligados à área tributária: R$ 16, 3 bilhões. Em média, as empresas alocam dez pessoas para cuidar de atividades ligadas à tributação, incluindo pagamentos fiscais, encargos sobre a folha de pagamento ou de contabilidade. Os gastos com instalação e operacionalização de softwares, obrigações acessórias (livros, registros e armazenamento de dados) e terceirização de serviços fiscais somaram R$ 6,5 bilhões. Os custos judiciais das empresas foram de R$ 1,8 bilhão. Augusto Boccia, dono da indústria São Rafael, fabricante de câmaras frigoríficas há 39 anos no Arujá (SP), diz que, depois de idas e vindas, terceirizou a contabilidade e criou uma equipe interna para conseguir cumprir o emaranhado de leis e regras. "É impossível manter-se atualizado e conseguir entender toda a legislação. Gasto em média R$ 50 mil por mês com cumprimento da parte fiscal e contábil. Do meu faturamento anual, isso representa 2,25%", diz. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, 30 novas normas tributárias são editadas por dia no Brasil, o equivalente a 1,25 por hora.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Musical inspirado no filme 'Madagascar' chega a São Paulo para curta temporada

e 26 de setembro a 6 de outubro, a ilha de Madagascar terá um novo endereço. O leão Alex, a zebra Marty, a girafa Melman e a hipopótamo Gloria irão se apresentar em São Paulo no musical "Madagascar - Ao Vivo!", inspirado no primeiro filme da série. As aventuras do grupo serão revividas ao som de hits como "I Like to Move It", do compositor e cantor norte-americano Will.I.Am --"Eu Me Remexo Muito", na versão em português. Na história Alex é a grande atração do zoológico do Central Park, em Nova York. Ele e seus amigos passaram a vida em cativeiros, mas a zebra Marty decide que é hora de fugir e explorar o mundo. Os outros animais saem a sua procura e não conseguem voltar para casa: são capturados e partem em um navio rumo à África. Os personagens, sabotados por pinguins, vão parar na ilha de Madagascar e, além de serem obrigados a sobreviver numa selva de verdade, devem aprender a lidar com os habitantes da ilha, os lêmures. Madagascar Ao Vivo! Ver em tamanho maior » AnteriorPróxima Divulgação Anterior Próxima Musical chega a São Paulo para curta temporada, de 26 de setembro a 6 de outubro, no Ginásio do Ibirapuera PARA CONFERIR "Madagascar - Ao Vivo!" QUANDO 26 de setembro a 6 de outubro, de quinta-feira a domingo ONDE Ginásio do Ibirapuera (r. Manoel da Nóbrega, 1361, Vila Mariana; tel. 0/xx/11/3887-3500) QUANTO de R$20 a R$200 Os ingressos podem ser adquiridos pelo site ou pelo tel.: 4003-558

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

"Behind the Candelabra" é o grande vencedor do Emmy com 11 prêmios

grande vencedor do Emmy 2013 foi o telefilme "Behind the Candelabra", estrela do por Matt Damon e Michael Douglas que conta a história do pianista gay Liberace. A produção levou os prêmios de melhor ator (Douglas), melhor diretor, para Steven Soderbergh e também na categoria melhor minissérie ou telefilme. No total, foram 11 prêmios, incluindo elenco, direção de arte, edição, hairstyling, mixagem de som, figurino, fotografia, maquiagem com prótese e maquiagem sem prótese. O filme da HBO, que no Brasil ganhou o título de "Minha Vida com Liberace", recebeu um total de 15 indicações ao Emmy 2013. "Modern Family" pela quarta vez levou o prêmio de melhor série de comédia. "Breaking Bad", em sua última temporada, levou pela primeira vez o Emmy de melhor série dramática. O primeiro Emmy da noite foi para a atriz Merritt Wever como melhor atriz coadjuvante de uma série de comédia por "Nurse Jackie". Completamente chocada com o prêmio, a atriz não deu discurso de agradecimento. Limitou-se a dizer: "Preciso ir embora." E saiu. Parte da surpresa se deve ao fato de que a colombiana Sofía Vergara aparecia em melhor posição para ficar com o Emmy de melhor atriz coadjuvante em comédia, prêmio que lhe escapara nas três últimas edições. Dentre os destaques nas categorias de comédia, estão o ator Jim Parsons, que levou o terceiro Emmy de sua carreira pelo papel de Sheldon na série "The Big Bang Theory", e Julia Louis-Dreyfuss, premiada por seu papel na série "Veep". Jessica Lange, considerada a favorita da noite na categoria melhor atriz de minissérie ou telefilme por seu trabalho em "American Horro Story - Asylum" perdeu para Laura Linney em "The Big C". Após ser ameaçada de morte por papel em "Breaking Bad", atriz Anna Gunn leva Emmy de melhor atriz coadjuvante em série de drama. Seus companheiros de elenco, no entanto, não tiveram a mesma sorte. Bryan Cranston foi derrotado na categoria masculina por Jeff Daniels, por seu trabalho em "The Newsroom". Já Aaron Paul e Jonathan Banks perderam na categoria melhor ator coadjuvante em série de drama para Bobby Canavalle em "Boardwalk Empire". A cerimônia, apresentada pelo ator Neil Patrick Harris, começou com a participação de vários ex-apresentadores. Tina Fey e Amy Poheler, que também apresentaram a premiação em uma edição anterior, fizeram piada com a performance de Miley Cyrus no VMA.

domingo, 22 de setembro de 2013

Inflação elevada muda hábitos no supermercado

Com o bolso mais apertado e menos confiante na economia, o consumidor voltou a fazer compras do mês, a se deslocar mais para economizar e a buscar nas prateleiras dos supermercados mais baratos uma forma de se proteger da inflação. Pesquisa da consultoria CVA Solutions com 6.985 consumidores de todo o país mostra um avanço dos supermercados mais populares e do atacarejo (que vende em quantidades maiores e a preços menores) na preferência dos clientes, em detrimento de benefícios como variedade de produtos e da qualidade no atendimento. O estudo foi realizado em agosto, quando a inflação acumulada em 12 meses pelo IPCA foi 6,07%. Na ocasião, os consumidores avaliaram 65 redes varejistas de todas as regiões do país. Foram considerados três itens relacionados a custos (preço, promoções e facilidade de pagamento) e dez referentes a benefícios (inclui desde reputação da loja, atendimento, variedade e qualidade de produtos até tempo na fila, estacionamento e proximidade). "Os supermercados mais bem avaliados focaram em preço, promoções e parcelamento. Atacadão e Assaí se destacaram porque a grande referência deles para o consumidor é o preço", diz Sandro Cimati, sócio da consultoria CVA Solutions, empresa de pesquisa de mercado.