Pesquisar este blog

sábado, 31 de agosto de 2013

Obama diz que decidiu por ataque à Síria, mas quer aval do Congresso dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste sábado (31) que o país decidiu realizar uma ação militar na Síria. "Decidi que os EUA devem atacar a Síria", disse em entrevista coletiva de imprensa na Casa Branca. Leia também Rebeldes se dizem desapontados com espera em ataque Brasil condena arma química, mas quer aval da ONU Obama, porém, declarou que não fará isso sem antes submeter a decisão ao Congresso, que deverá debater e votar sobre a investida. O Congresso, no entanto, volta do recesso em 9 de setembro, o que indica que o aval para um real ataque só deve acontecer depois dessa data. A ação militar dos EUA seria uma retaliação ao governo sírio, acusado de usar armas químicas contra civis no país. Obama falou que o episódio foi o "pior ataque químico do século 21". A Síria vive uma guerra civil desde 2011, entre grupos rebeldes e forças do governo, que causou um enorme êxodo do país, com milhões de refugiados, e mais de 100 mil pessoas mortas. Crianças sírias têm queimaduras parecidas com as de napalm "Estou confiante que o governo fará o que tiver que ser feito", disse Obama. "Que mensagem nós daremos se não fizermos nada?" Obama disse ainda que o país "não pode fechar os olhos para o que está acontecendo em Damasco" e que ele não foi eleito para "evitar decisões difíceis". O presidente citou que as imagens divulgadas de pessoas queimadas, as quais chamou de 'terríveis', foram um "insulto a dignidade humana". Logo após o pronunciamento de Obama, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse que "entende e apoia" a decisão do presidente dos Estados Unidos. Veja Álbum de fotos Na quinta-feira, Cameron teve que desistir de participar dessa operação militar após perder uma votação no Parlamento. Antes do anúncio, legisladores dos EUA já pressionavam o presidente por mais informações, e muitos expressavam reservas sobre o custo e o impacto dos potenciais ataques. O anúncio acontece um dia depois de a Casa Branca divulgar um relatório no qual aponta o regime de Damasco responsável pelo ataque com armas químicas em 21 de agosto, que matou pelo menos 1.429 civis, sendo um terço deles crianças. A maioria dos norte-americanos não querem que os EUA façam uma intervenção na Síria. Uma pesquisa Reuters/Ipsos feita nesta semana mostrou que apenas 20 por cento acreditam que o país deveria tomar uma ação, isso ante nove por cento uma semana antes. (Com agências internacionais)

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Messi recusa apoiar candidatura de Madri aos Jogos Olímpicos de 2020

O atacante Lionel Messi, eleito melhor jogador do mundo nos últimos quatro anos, recusou o convite do COE (Comitê Olímpico Espanhol) para participar do vídeo da campanha de Madri a sede dos Jogos Olímpicos de 2020. O anúncio da negativa de Messi ao convite foi feito pelo presidente do COE, Alejandro Blanco. "Ele considerou que não devia participar", afirmou o dirigente em coletiva de imprensa em Buenos Aires, cidade que vai receber a sessão do COI (Comitê Olímpico Internacional) que vai definir o local de disputa da Olimpíadas de 2020. Blanco minimizou a recusa do atacante do Barcelona. "Não acontece absolutamente nada com nossa candidatura porque um esportista não queira participar. Temos que ser respeitosos com a decisão do melhor jogador do mundo", afirmou o dirigente. "Na Espanha temos grandes esportistas, muitos para escolher", continuou o presidente do COE, que citou o nome do astro do basquete Pau Gasol , que ficará encarregado da apresentação da candidatura na sessão do COI. "Ficamos muito felizes que seja ele quem vá falar em nome dos atletas espanhóis. Em primeiro lugar pela amizade pessoal que nos une, e em segundo por ter sido nosso porta-bandeira em Londres". Madri foi derrotada nas últimas duas eleições do COI, perdendo para Londres os Jogos Olímpicos de 2012, e para o Rio de Janeiro a edição de 2016, votação na qual a capital espanhola chegou até a última rodada, deixando Chicago e Tóquio para trás. Na disputa por 2020, Madri vai reeditar a disputa com Tóquio, além de enfrentar também a cidade de Istambul, na Turquia. A decisão do COI será anunciada no próximo dia 7 de setembro.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Campos e Aécio inauguram 'aliança tática' contra Dilma

governador Eduardo Campos (PSB-PE) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), virtuais adversários em 2014, ensaiam parceria temporária para fortalecer seus nomes à disputa presidencial. Aliados querem que eles evitem agressões mútuas e estabeleçam, sempre que possível, convergência nas críticas ao governo Dilma Rousseff. Hoje, Campos receberá o tucano para um jantar no Recife (PE), como antecipou ontem a coluna Painel. A ideia é mudar a pauta dos encontros regulares que realizam. Diálogo recente entre o governador de Pernambuco e o senador mineiro mostra quão afinados estão os dois virtuais candidatos à Presidência da República. "Você é oposição, e eu sou aquele que reconhece quando há acertos [do governo federal]", disse o pernambucano ao mineiro há pouco mais de dois meses. "Esquece, Eduardo, esse sou eu, pô! Só dar porrada é discurso vazio", retrucou, sorrindo, o tucano. Nos últimos dias, Campos e Aécio fizeram críticas muito parecidas ao Planalto e à própria presidente Dilma, de quem o governador socialista ainda é formal aliado. Campos preside o PSB, partido com cargos no segundo escalão federal e dois ministérios (Integração Nacional e Secretaria de Portos). Auxiliares do pernambucano afirmam que as declarações não foram combinadas. Reconhecem, contudo, que as críticas em dose dupla ganham dimensão maior na imprensa e podem aprofundar o desgaste da petista. Interlocutores de ambos os lados ouvidos pela Folha explicam que a proximidade não significa um pacto de não agressão. Mas nenhum deles demonstra vontade de tratar o outro como rival agora. Até porque o limite dessa "parceria tática", como definiu um aliado do pernambucano, são os números das pesquisas. Ou seja: se um disparar sobre o espólio eleitoral do outro, o acordo evapora. O jantar de hoje é justamente para retardar, ao máximo, esse momento. Outro tema do encontro são eventuais conflitos em candidaturas do PSDB e do PSB nos Estados. Em Minas, Campos quer que o prefeito Márcio Lacerda, seu correligionário, dispute o governo. Ocorre que Lacerda é aliado de Aécio. Há desafios em São Paulo, no Paraná, na Paraíba, mas também muito esforço para compor palanques onde for possível. fotografia Afora as demandas objetivas, socialista e tucano querem explorar o simbolismo do encontro. Ao mostrar afinidade, eles indicam que uma aliança em um eventual segundo turno é um caminho natural. Isso fortalece a perspectiva de poder de ambos. Os dois têm desempenho modesto nas pesquisas. Em um dos cenários da pesquisa Datafolha de 10 de agosto, Aécio tinha 13% de intenção de voto. Campos, 8%. Para "eduardistas", a imagem dos dois juntos abre caminho para que Campos, político com histórico de esquerda, mas que flerta com setores tidos como mais conservadores, avance sobre o segundo espectro ideológico. De outro lado, Aécio tem dificuldade de fazer o movimento contrário. Ele tenta puxar o governador para conduta mais ofensiva contra Dilma. Na conversa de hoje, os dois terão de discutir dois fatores que podem mudar o cenário atual: a possibilidade de Marina Silva não montar a Rede e a eventual candidatura de José Serra pelo PPS. Hoje no PSDB, Serra tiraria votos de Aécio sobretudo em São Paulo, território vital para dar competitividade a qualquer um dos prováveis candidatos.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Patriota se disse responsável pela saída de senador da Bolívia

Tão logo soube que o senador boliviano Roger Pinto Molina entrara no Brasil, Dilma Rousseff quis saber quem fora o responsável pela operação que abriu uma crise no Ministério das Relações Exteriores e derrubou o chanceler Antonio Patriota. Foi o chanceler quem disse à presidente, por telefone, que o boliviano havia entrado no país. A Folha apurou que Dilma e Patriota se falaram no sábado. O tom da conversa entre os dois teria sido tenso. Senador poderá ir ao Uruguai antes de obter refúgio no Brasil Ex-chanceleres se dividem sobre a postura de Saboia Membro de comissão criticada por Saboia desiste de investigá-lo Patriota estava no aeroporto de Guarulhos (SP), prestes a embarcar para a Finlândia, e, segundo relatos, parecia incomodado. Fez vários telefonemas e avisou que poderia ter de voltar para Brasília. Uma das ligações foi para um funcionário do Itamaraty, que confirmou que o senador havia entrado no país após passar 455 dias na embaixada em La Paz. Patriota teria demonstrado surpresa e apreensão com a notícia. Imediatamente pediu a um assessor para que o colocasse em contato com a presidente. A primeira tentativa, contudo, foi frustrada. Ele telefonou então para o chanceler da Bolívia, David Choquehuanca, informando que acabara de saber da retirada do senador oposicionista. Na conversa, teria dito que havia sido uma decisão de um funcionário da embaixada devido às condições de saúde do senador. Prometeu que providências seriam tomadas pelo governo brasileiro. Em seguida, Patriota falou com Dilma. Apesar de afirmar que a condição de saúde do senador era séria, disse que a decisão não fora tomada em Brasília. Dilma quis saber quem planejara a operação. Patriota apontou o encarregado de negócios, Eduardo Saboia, mas se responsabilizou pela retirada do oposicionista, uma vez que havia sido ele que indicara Saboia para o cargo. Patriota voltou então à capital federal. No dia seguinte, o Itamaraty divulgou nota citando Saboia e anunciando que uma investigação interna seria aberta para apurar o caso. Na segunda-feira, Patriota deixou o cargo e foi indicado para representar o Brasil na ONU. O senado precisará sabatiná-lo.

Patriota se disse responsável pela saída de senador da Bolívia

Tão logo soube que o senador boliviano Roger Pinto Molina entrara no Brasil, Dilma Rousseff quis saber quem fora o responsável pela operação que abriu uma crise no Ministério das Relações Exteriores e derrubou o chanceler Antonio Patriota. Foi o chanceler quem disse à presidente, por telefone, que o boliviano havia entrado no país. A Folha apurou que Dilma e Patriota se falaram no sábado. O tom da conversa entre os dois teria sido tenso. Senador poderá ir ao Uruguai antes de obter refúgio no Brasil Ex-chanceleres se dividem sobre a postura de Saboia Membro de comissão criticada por Saboia desiste de investigá-lo Patriota estava no aeroporto de Guarulhos (SP), prestes a embarcar para a Finlândia, e, segundo relatos, parecia incomodado. Fez vários telefonemas e avisou que poderia ter de voltar para Brasília. Uma das ligações foi para um funcionário do Itamaraty, que confirmou que o senador havia entrado no país após passar 455 dias na embaixada em La Paz. Patriota teria demonstrado surpresa e apreensão com a notícia. Imediatamente pediu a um assessor para que o colocasse em contato com a presidente. A primeira tentativa, contudo, foi frustrada. Ele telefonou então para o chanceler da Bolívia, David Choquehuanca, informando que acabara de saber da retirada do senador oposicionista. Na conversa, teria dito que havia sido uma decisão de um funcionário da embaixada devido às condições de saúde do senador. Prometeu que providências seriam tomadas pelo governo brasileiro. Em seguida, Patriota falou com Dilma. Apesar de afirmar que a condição de saúde do senador era séria, disse que a decisão não fora tomada em Brasília. Dilma quis saber quem planejara a operação. Patriota apontou o encarregado de negócios, Eduardo Saboia, mas se responsabilizou pela retirada do oposicionista, uma vez que havia sido ele que indicara Saboia para o cargo. Patriota voltou então à capital federal. No dia seguinte, o Itamaraty divulgou nota citando Saboia e anunciando que uma investigação interna seria aberta para apurar o caso. Na segunda-feira, Patriota deixou o cargo e foi indicado para representar o Brasil na ONU. O senado precisará sabatiná-lo.

domingo, 25 de agosto de 2013

Mulheres de todo o mundo reúnem-se para Marcha Mundial em SP

Cerca de 1.600 mulheres vindas de todo o mundo participam ao longo da semana do 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), na capital paulista. A abertura pública do evento acontece segunda-feira (26), no Memorial da América Latina. No entanto, a partir de hoje (25) o público já pode visitar a exposição Feminismo em Marcha, na Galeria Olido, no centro da cidade. Podem ser vistas projeções, fotos e faixas, entre outros materiais produzidos pelo movimento, mostrando a atuação da marcha em 62 países. Além de fazer um balanço das atividades dos dois últimos anos, serão discutidas pautas relativas às mulheres em todo o mundo. "Vamos fazer um balanço dessa trajetória de construção de um feminismo popular, enraizado nas lutas locais, mas também articulado a partir de ações internacionais", afirmou Tica Moreno, da coordenação nacional da MMM, sobre o evento que marca o fim da gestão brasileira no movimento. "Desde 2006, a coordenação internacional da marcha está aqui no Brasil. Foi um período que a gente apendeu muito." As pautas serão discutidas dentro da proposta que considera que as reivindicações sociais estão intimamente ligadas às demandas feministas. "Os desafios que a gente enfrenta para mudar o mundo e a vida das mulheres são as questões mais globais do capitalismo patriarcal, da divisão sexual do trabalho, da forma de organização da sociedade de mercado. Não basta um feminismo que beneficia apenas setores das mulheres", disse Tica.