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sábado, 10 de janeiro de 2015

Europa deve endurecer medidas contra o terrorismo

Em resposta ao atentado ao jornal "Charlie Hebdo", a França deve elevar os gastos em inteligência e discutir com aliados o endurecimento das medidas contra o terrorismo. Segundo o primeiro-ministro Manuel Valls, o país enfrenta uma grande ameaça, que deve durar de dois a três anos, e, por isso, deve reagir. Com informações da Folha de S.Paulo. Para ele, o principal foco deve ser impedir a ida de franceses para campos de batalha de grupos radicais islâmicos no Oriente Médio. "Há uma nova lei antiterrorismo que deve ser aprovada nas próximas semanas. Nós precisamos lutar contra essas idas ao exterior, essa radicalização na internet e destinar mais recursos aos nossos serviços de inteligência". Uma reação deverá ser anunciada após uma reunião de ministros do Interior de 12 países do continente europeu, incluindo Reino Unido, Espanha, Itália e Alemanha, neste domingo (11), em Paris. Também participarão do encontro o secretário de Justiça americano, Eric Holder, e os comissários da União Europeia para imigração e de combate ao terrorismo. Devido à presença americana e dos funcionários do bloco europeu, a expectativa é que seja anunciada uma nova ofensiva contra o terrorismo no Oriente Médio. Franceses, britânicos e americanos participam das operações contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria. Por outro lado, os países europeus devem anunciar o endurecimento na entrada de imigrantes, assim como aumentar o controle na saída e na volta dos europeus que formam as filas de grupos radicais islâmicos.

França já prendeu 13 suspeitos de envolvimento com ataques

A polícia prendeu até agora 13 pessoas suspeitas de terem envolvimento com os três atentados registrados esta semana na França, que deixaram 17 mortos sem contar os três terroristas. As fontes judiciais esclareceram que são pessoas do entorno dos jihadistas, mas não deram detalhes sobre a identidade dos detidos ou os locais de detenção. A polícia não deu ainda por finalizada a busca de cúmplices dos irmãos Saïd e Chérif Kouachi, que mataram na quarta-feira 12 pessoas na revista "Charlie Hebdo", e de Amedy Coulibaly, que ontem manteve 15 reféns em um mercado kosher (judaico) de Paris e que na quinta-feira tinha matado uma policial. Quem é especialmente procurada é Hayat Boummedienne, 26, namorada de Coulibaly, 32, e amiga de Chérif Kouachi, o mais novo dos irmãos, e da esposa dele, Izzana Hamyd, que já teria sido detida, segundo a imprensa francesa. A justiça francesa quebrou o sigilo telefônico de Boummedienne, que trocou mais de 500 ligações com Hamyd em 2014, o que, destacou ontem a promotoria de Paris, demonstra os "vínculos constantes e sustentados entre os dois casais". O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, anunciou que irá reforçar o dispositivo de proteção antiterrorista Vigipirate com meios adicionais para proteger certas instituições e lugares de culto, enquanto o primeiro-ministro, Manuel Valls, ressaltou que a mobilização do Estado "é indispensável". Reflexo do clima de tensão que a França ainda vive é a sucessão de falsos alertas de bomba nas últimas horas, como uma que levou hoje a evacuar um hotel do complexo Eurodisney, ao leste de Paris, situação que já foi normalizada.