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sábado, 10 de março de 2012

Mundo superou computador pessoal, diz ex-executivo da Microsoft

Ray Ozzie, o homem que sucedeu Bill Gates como visionário tecnológico da Microsoft, acredita que o mundo tenha superado o computador pessoal, o que pode ter deixado para trás a maior produtora mundial de software.

O computador pessoal, que serviu de fundação ao compartilhar poderio da Microsoft e ainda determina seu desempenho financeiro, foi deixado para trás por poderosos celulares e tablets acionados por softwares do Google e da Apple, disse o antigo executivo da Microsoft.



"As pessoas discutem se a viajem estamos ou não em um mundo pós-PC. Não existe o que discutir: é claro que estamos em um mundo pós-PC", disse Ozzie em uma conferência sobre tecnologia promovida pelo blog tecnológico GeekWire, em Seattle, na quarta-feira.

"Isso não significa que o computador pessoal vai morrer, mas apenas que, nos cenários em que o usamos, deixamos de nos referir aos aparelhos como computadores e os designamos por outros nomes", acrescentou.

Ozzie estava fazendo seus primeiros comentários públicos sobre a Microsoft desde que saiu abruptamente da gigante da tecnologia, em 2010. Ele falou horas depois que Tim Cook, presidente-executivo da Apple, a maior rival da Microsoft, enfatizou a emergência do "mundo pós-PC", criado pelo iPad.

As vendas de celulares inteligentes já superaram as de computadores, e as de tablets estão se aproximando delas rapidamente.

Ozzie, 56 anos, um programador lendário que desenvolveu o aplicativo de e-mail Lotus Notes nos anos 1980 e 1990, foi selecionado diretamente por Gates para o posto de vice-presidente de arquitetura de software da Microsoft em 2006, para fazer de sua capacitação em colaboração via Web a peça central do pensamento da empresa.

Ozzie teve papel central no projeto Azure, da Microsoft --o principal esforço da companhia no campo da computação em nuvem--, mas se demitiu quatro anos depois com a Microsoft ainda atrás da Amazon.com e Google em desenvolvimento para soluções na web.

"Meu trabalho lá era administrar mudanças. Bill (Gates) e Steve (Ballmer, o presidente-executivo) me pediram para estudar a companhia, descobrir o que não funcionava e tentar o melhor para consertar os defeitos", disse Ozzie.

"Estou feliz com algumas das mudanças que promovemos. A companhia mudou muito, avançou muito, e estou feliz sobre algumas coisas, mas impaciente quanto a outras", acrescentou.

Ozzie disse que o destino do Windows 8 determinará o futuro da Microsoft. A mais recente versão do sistema operacional funcionará em tablets com chips da ARM, e a Microsoft espera poder competir com o iPad, da Apple, e colocar a companhia de volta no topo da cadeia de consumo tecnológico.

Empresa belga mostra tablet com Windows 8 na CeBIT

Em meio a tantos tablets com o sistema operacional Android, do Google, foi interessante ver um modelo com Windows 8 em um pequeno estande na CeBIT, feira de tecnologia que ocorre até amanhã em Hannover, na Alemanha.

Na verdade, o W7Pad, como o nome indica, vem com Windows 7. Com tela de 11,6 polegadas, relativamente grande e pesado (950 g), ele parece mais um netbook sem teclado. Tem até portas USB convencionais, processador Intel Atom e chip gráfico Intel GMA 500, elementos comuns nos ultraportáteis.




Emerson Kimura/Folhapress










Emerson Kimura/Folhapress








Representante da empresa BMx Computers segura um tablet W7Pad com o Windows 8 Consumer Preview


O que me atraiu ao estande da BMx Computers, empresa belga que comercializa o W7Pad, foi um modelo exposto com o Windows 8 Consumer Preview, versão preliminar para consumidores, instalado. Era uma chance de brincar um pouco com o novo sistema em um tablet.

O desempenho foi razoável, semelhante ao de um netbook com Windows 7. Seus chips são voltados para tarefas básicas, então é normal ver alguns "engasgos" quando se exige muito processamento. De qualquer modo, para quem quiser um tablet com Windows 8 e arquitetura x86 (como a dos chips usados em computadores pessoais), o melhor provavelmente é esperar por aparelhos equipados com processadores de duplo núcleo da série Cedar Trail-M, sucessora da Pineview-M, à qual pertence o Atom do W7Pad.

O tablet é voltado a clientes corporativos e custa a partir de € 372 (compra mínima de dez unidades). A BMx vendeu cerca de 3.000 aparelhos desde o seu lançamento, no ano passado --o representante que conversou comigo considera um número bom para uma empresa com apenas dez funcionários.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Brasil quer integrar internet com países sul-americanos

Os ministros de Comunicação dos membros da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) devem ratificar hoje em reunião em Assunção, no Paraguai, o plano de trabalho para integrar as redes de banda larga da internet entre os vizinhos, por meio de um anel óptico, informa reportagem de Helton Simões Gomes publicada na Folha desta sexta-feira.

A íntegra da reportagem está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Em conjunto com o Plano Nacional de Banda Larga, o anel óptico "aumentará a capacidade e barateará o custo das conexões", afirmou a presidente Dilma Rousseff, na abertura da feira de tecnologia CeBIT, em Hannover, na Alemanha.

Outra iniciativa citada por Dilma para ampliar a infraestrutura tecnológica é a contratação da construção de cabos submarinos ainda neste ano para ligar o país aos EUA, à Europa e à África. Eles levam dados de internet do Brasil para outros países.

Hoje é necessário cruzar o oceano Atlântico para acessar do Brasil sites hospedados em países como Colômbia e Equador. A informação ruma aos EUA, por meio de um cabo submarino, e depois retorna, por outro cabo, pelo oceano Pacífico. No caso do Peru, o trajeto tem mais de 8.000 km. Com o anel, a distância cairia para 2.000 km.

A velocidade nesses casos aumentará de 20% a 30%, afirma Artur Coimbra, diretor de banda larga do Ministério das Comunicações.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Mídia parecia auditório de programa de TV do lançamento do novo iPad

Esqueça o ceticismo, o distanciamento e o equilíbrio que definem a atividade jornalística. No lançamento da terceira geração do iPad e da Apple TV, a mídia parecia o auditório de um programa de TV.

Novo iPad tem 4G, tela de alta definição e processador mais rápido
Veja galeria de fotos do evento de lançamento do novo iPad

O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, de jeans, Nike preto, camisa de manga longa azul, foi ovacionado mais de cinco vezes.

O lançamento ocorreu no mesmo local em que Steve Jobs costumava anunciar as novidades da Apple: o teatro do Yerba Buena, um centro cultural com um viés esquerdista, segundo a visão americana: voltado para os negros, as mulheres e as minorias.

A escolha do Yerba Buena era uma maneira de Jobs deixar claro que a Apple era uma empresa que mesclava arte e tecnologia como nenhuma outra. Mescla essa cada vez mais em xeque após a imagem da Apple ser sucessivamente arranhada.

Para os jornalistas, porém, a mágica continua intacta.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Windows 8 será ponte entre usuários finais e empresas, diz Microsoft

O Windows 8 atenderá a demandas de usuários finais e de empresas, disse Kevin Turner, COO (chefe de operações) da Microsoft.

Em apresentação da empresa na CeBIT, feira de tecnologia que ocorre até sábado em Hannover, na Alemanha, o executivo mostrou alguns recursos corporativos do Windows 8 que, segundo ele, contribuirão tanto para a produtividade dos usuários quanto para o gerenciamento de novos aparelhos dentro de um ambiente corporativo.




Divulgação








Erwin Visser, diretor sênior de Windows, demonstra ferramentas corporativas do Windows 8 na CeBIT 2012


São recursos importantes porque muitos funcionários têm usado dispositivos pessoais --como smartphones e tablets-- dentro do trabalho, e as empresas devem abraçar isso, disse Turner.

"Devo ter segurança ou devo deixar as pessoas trazerem sua própria tecnologia para o trabalho?" Hoje, uma coisa não elimina a outra, afirmou o executivo.

A depender do trabalho, uma interface de toque, por exemplo, pode ser mais produtiva do que uma com teclado. Nesse caso, introduzir aparelhos como smartphones e tablets no ambiente corporativo pode ser benéfico tanto para a empresa quanto para o usuário.

Por isso, o Windows 8 busca também ser uma ponte entre o computador tradicional e os dispositivos móveis.

Será um desafio grande para a Microsoft, visto que boa parte dos aparelhos que os funcionários têm levado para o trabalho usa plataformas como o iOS, da Apple, e o Android, do Google.

terça-feira, 6 de março de 2012

Uso de celular para pagamento começa a decolar

Deixe em casa os cartões de crédito e débito, as notas e moedas e o talão de cheques. Pegue apenas o celular.

A próxima revolução da telefonia deve mudar a forma como pagamos as contas.

Uma corrida frenética une fabricantes de aparelhos, teles, bancos, operadoras de cartão e desenvolvedoras de chips para fazer do celular (também) a sua carteira.
■Dados dos clientes ficam protegidos, dizem empresas de pagamento móvel
■Na África, milhões de pessoas usam SMS para pagamentos

Esse foi um tema central do Mobile World Congress, maior evento do setor de telefonia, realizado na última semana em Barcelona.

Diferentes tecnologias impulsionam a corrida. A estrela, já não tão nova, se chama NFC ("near field communication", na sigla em inglês).

É uma transmissão de dados sem fio que funciona ao aproximar o celular do terminal de cobrança. Um processo parecido com o que ocorre hoje com os cartões, mas não é necessário contato.

As novidades nesse front se acumulam.

No mês que vem, a Vodafone, gigante global da telefonia, vai oferecer serviços de cobrança com NFC em cinco países europeus, numa parceria com a Visa.

A Visa que, por sua vez, se uniu à Samsung para colocar nas ruas de Londres, nos Jogos Olímpicos deste ano, um sistema de pagamento via celular que vai funcionar até no transporte público.




Toni Albir/Efe








Demonstração de sistema de pagamento com telefone celular da Visa durante o Mobile World Congress


Nos EUA, o Google lançou, em setembro passado, a Google Wallet, no celular Nexus S, da Samsung, com cartões da MasterCard. Em breve, modelos da LG terão o serviço.

Ainda no mercado americano, um grupo chamado Isis, união das operadoras AT&T, Verizon e T-Mobile, lançará neste ano sua própria carteira para celular.

Com tantos atores de áreas tão diferentes para agrupar, fica fácil entender por que a revolução demorou a deslanchar -já se vão mais de seis anos desde que a revista "Economist" publicou reportagem sobre o NFC sob o título "Num futuro muito em breve".

A GSMA, associação de operadoras e fabricantes de celulares, acredita que o "muito em breve" chegou.

Estima que nos próximos três anos seja vendido 1,5 bilhão de celulares com tecnologia NFC, o que equivale a um quarto do total de linhas existentes hoje no mundo.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Feira serve de vitrine tecnológica para o Brasil

Consolidar a imagem do Brasil como produtor de tecnologia da informação e gerar oportunidade de negócios. Esses são os principais objetivos do país na CeBIT, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo.

A edição deste ano do evento --que ocorre de segunda-feira (5) a sábado (10) em Hannover, na Alemanha-- tem o Brasil como país parceiro. O governo investiu cerca de US$ 1,5 milhão na feira, segundo a Softex, entidade que organiza a participação brasileira na CeBIT.




Johannes Eisele/France Presse








Visitante na última CeBIT, que teve mais de 4.200 empresas


Cerca de 130 instituições do país estarão na feira -cem a mais do que em 2011. Elas apresentarão, em geral, produtos para o público corporativo, como sistemas de gestão.

A Totvs, por exemplo, mostrará uma rede social para empresas. A Comprova.com levará soluções em certificação digital. A Defenda exibirá um serviço de proteção contra fraudes internas. E a Positivo Informática apresentará novidades na área de educação, como uma mesa com tela sensível ao toque.

Estarão presentes também empresas como a Embraer, a Embrapa e a Petrobras e órgãos como a Receita Federal e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

O baixo número de companhias brasileiras com foco no usuário final é compreensível, diz a Softex, pois elas buscam "vendas em grandes volumes, e a participação na CeBIT contribuiria pouco".

A participação do país inclui ainda uma série de palestras e workshops que abordarão oportunidades e cenários de investimento no Brasil em áreas como as de semicondutores, de energia eficiente e de computação em nuvem.

A presidente Dilma Rousseff e a chanceler alemã, Angela Merkel, devem discursar hoje na cerimônia de abertura, que terá também o executivo do Google Eric Schmidt.

SEGURANÇA

Com "Managing Trust" (gerenciando confiança) como tema principal, a CeBIT deste ano terá várias discussões e novidades relacionadas a segurança. Software malicioso, riscos em celulares e tablets, vazamento de dados, gerenciamento de emergências, questões legais e impacto na economia serão alguns dos tópicos abordados.

Computação em nuvem, mídias sociais e mobilidade são outros assuntos com presença forte na programação.

A organização espera um crescimento de cerca de 3% no número de expositores em relação ao evento do ano passado, que contou com mais de 4.200 empresas e teve a Turquia como país parceiro. A CeBIT acontece desde 1986.

domingo, 4 de março de 2012

Facebook quer conquistar mercado de publicidade móvel

Para o Facebook, é uma escolha óbvia explorar a grande lealdade de seus usuários, e o meio bilhão deles que têm celulares, como maneira de abrir o mercado móvel a anunciantes de primeira linha. O problema é que existem motivos para o sucesso limitado que a publicidade em aparelhos móveis obteve até o momento, e nenhum deles foi completamente resolvido.

Mesmo que o Facebook encontre sucesso, outros interessados nesse mercado potencialmente imenso podem continuar enfrentando problemas para extrair lucros dele.

No começo da semana, o Facebook anunciou novas maneiras para que empresas anunciem junto a seus usuários, o que inclui, pela primeira vez, publicidade móvel. Os feeds de notícias de seus membros passariam a incluir publicidade, como parte dos esforços da companhia para estabelecer fontes regulares de receita, em sua preparação para uma oferta pública inicial de ações.

A decisão pode ajudar a dar aos anunciantes acesso ao mercado de telefonia móvel, há muito visto como subutilizado, mas é improvável que resulte em abertura maior do mercado como um todo.

Apesar da demanda reprimida entre os anunciantes --e da vasta discrepância entre o tempo de uso dos aparelhos móveis por seus anunciantes e as verbas publicitárias dedicadas a essa forma de mídia--, continuam a existir fortes barreiras à publicidade em celulares.

O mercado móvel se provou quase impenetrável para os anunciantes, exceto em anúncios vinculados a resultados de buscas do Google, por uma série de razões, entre as quais as telas pequenas, a falta de bons sites com formato adaptado aos aparelhos móveis e a resistência à invasão comercial de um espaço visto como mais privado que a tela de um computador.

Há muitas experiências em curso nas operadoras de telecomunicações, agências de publicidade e produtoras de software, a fim de encontrar caminhos para prover anúncios personalizados aos usuários com base em sua localização, e para aproveitar o boom nas vendas de celulares inteligentes, mas sem criar rejeição entre os usuários.

O Facebook pode se sair bem em um campo no qual outras empresas fracassaram porque os anúncios surgirão em forma de notícias quando um usuário tiver "curtido" uma marca ou comprado um produto via Facebook, o que faria com que considerassem a mensagem mais como recomendação pessoal do que como anúncio.

Facebook quer conquistar mercado de publicidade móvel

Para o Facebook, é uma escolha óbvia explorar a grande lealdade de seus usuários, e o meio bilhão deles que têm celulares, como maneira de abrir o mercado móvel a anunciantes de primeira linha. O problema é que existem motivos para o sucesso limitado que a publicidade em aparelhos móveis obteve até o momento, e nenhum deles foi completamente resolvido.

Mesmo que o Facebook encontre sucesso, outros interessados nesse mercado potencialmente imenso podem continuar enfrentando problemas para extrair lucros dele.

No começo da semana, o Facebook anunciou novas maneiras para que empresas anunciem junto a seus usuários, o que inclui, pela primeira vez, publicidade móvel. Os feeds de notícias de seus membros passariam a incluir publicidade, como parte dos esforços da companhia para estabelecer fontes regulares de receita, em sua preparação para uma oferta pública inicial de ações.

A decisão pode ajudar a dar aos anunciantes acesso ao mercado de telefonia móvel, há muito visto como subutilizado, mas é improvável que resulte em abertura maior do mercado como um todo.

Apesar da demanda reprimida entre os anunciantes --e da vasta discrepância entre o tempo de uso dos aparelhos móveis por seus anunciantes e as verbas publicitárias dedicadas a essa forma de mídia--, continuam a existir fortes barreiras à publicidade em celulares.

O mercado móvel se provou quase impenetrável para os anunciantes, exceto em anúncios vinculados a resultados de buscas do Google, por uma série de razões, entre as quais as telas pequenas, a falta de bons sites com formato adaptado aos aparelhos móveis e a resistência à invasão comercial de um espaço visto como mais privado que a tela de um computador.

Há muitas experiências em curso nas operadoras de telecomunicações, agências de publicidade e produtoras de software, a fim de encontrar caminhos para prover anúncios personalizados aos usuários com base em sua localização, e para aproveitar o boom nas vendas de celulares inteligentes, mas sem criar rejeição entre os usuários.

O Facebook pode se sair bem em um campo no qual outras empresas fracassaram porque os anúncios surgirão em forma de notícias quando um usuário tiver "curtido" uma marca ou comprado um produto via Facebook, o que faria com que considerassem a mensagem mais como recomendação pessoal do que como anúncio.