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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Trump prepara corte radical no financiamento da ONU

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prepara decretos para reduzir radicalmente o financiamento da ONU e para retirar o governo americano de tratados multilaterais, informou nesta quarta-feira o jornal The New York Times. Se for confirmada, a decisão será um duro golpe para muitas agências das Nações Unidas que dependem dos bilhões de dólares em financiamento para ações como ajuda a refugiados e manutenção da paz, apontou o jornal. "Quando viram as Nações Unidas resolverem problemas? Não resolvem. Causam problemas", indicou Trump em dezembro. A ONU "é apenas um clube para as pessoas se reunirem e passarem um bom tempo", considerou.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Análise: Sem Pedro Bial, pior reality show da TV perde credibilidade

Assistir à estreia de Big Brother Brasil 17, sem Pedro Bial, me espantou. O reality da Globo, em longa carreira, tinha no jornalista um contraponto entre a bobeira geral e uma certa credibilidade. Como se a porcaria se submetesse, de certa forma, ao padrão de qualidade da emissora do Jardim Botânico, em tempos em que o Projac ainda não estava finalizado. Bial emprestava ao programa um ar de ironia e irreverência, como a dizer: "Vocês são isso mesmo?". Criticava os concorrentes, fazia questionamentos parecidos com aqueles que qualquer espectador faria. Dava ao programa um verniz de coisa relevante. Além de prêmios consideráveis, em dinheiro e em produtos. O BBB sempre foi um sucesso comercial, mas de audiência declinável ao longo dos anos. Nem sei o resultado dessa nova temporada. O fato é que fatura em patrocínios e na exposição de produtos comerciais nas provas de líder e outras versões subliminares de publicidade. Uma marca aqui, outra ali. Tudo em grana à vista. No entanto, até do ponto de vista comercial, foi se acadelando. A ponto de não ser possível discernir se ainda vale à pena. Sob pena de constranger o padrão da emissora. E será que tal padrão, na era pós-Boni, ainda vale? Convivi com o Pedro Bial no Globo Repórter. Nunca fomos chegados, mas tenho dele uma recordação inarredável. Durante a guerra da Bósnia, se deslocando em Sarajevo, no interior de um blindado das Nações Unidas, com colete à prova de balas, Bial entrevistou um franco-atirador sérvio. O cara ficava sentado num banquinho matando qualquer pessoa que passasse por uma ponte. O assassino e Bial travaram um diálogo insólito: – Quantas pessoas você matou? – perguntou Bial. – Acho que foram umas dez. Não... acho que foram umas cem... Sabe de uma coisa? Estou enlouquecendo – disse o atirador. Essa qualidade de jornalista foi escolhida para comandar o BBB por uma razão muito simples: dar alguma credibilidade ao pior reality do país. O próprio repórter, em notas na mídia, declarou que jamais seria um concorrente do espetáculo de bobagens que comandava. No entanto, a ausência do Pedro Bial causa enorme dano. Ele não é facilmente substituível. Tratava os competidores com mordacidade, sugeria que eram uns completos imbecis. Fazia com que o público se identificasse com a sua opinião. E nisso estava a essência do programa: somos idiotas, mas nem tanto. E as reações do público coincidiam com a do apresentador. Além do mais, Bial criava textos poéticos, quase literários, para definir vencedores. Passar por esta 17ª versão do game, sem ele, será um desastre.

domingo, 22 de janeiro de 2017

'Marcha das Mulheres' reuniu mais de dois milhões contra Trump

Lideradas por mulheres, mais de dois milhões de pessoas tomaram as ruas de Washington e de outras cidades americanas no sábado (21) para desafiar o presidente Donald Trump em seu primeiro dia completo na Casa Branca. Em Washington, onde foi realizada a maior Marcha das Mulheres, um mar de gente, muitas com gorros rosas com orelhas, se concentrou perto do Congresso para ouvir fortes gritos de resistência e luta pelos direitos das mulheres e de todas as minorias. Os organizadores estimaram a multidão em mais de um milhão de pessoas, quatro vezes o esperado inicialmente. Havia mães com seus bebês nos braços, outras com seus filhos adolescentes, avós marchando com suas netas em um clima de "paz e amor", de resistência pacífica. "A marcha é uma demonstração de nossa solidariedade e um pedido para que Trump respeite todas as pessoas, de todos os credos e cores", declarou à AFP Lisa Gottschalk, uma cientista de 55 anos que viajou da Pensilvânia para protestar. Em Los Angeles, a marcha convocou mais de meio milhão, segundo o porta-voz da polícia, Andrew Neiman. "Foi um lindo mar de humanidade. Foi fantástico", disse. Os organizadores estimaram a multidão em 750.000 pessoas Os organizadores do protesto em Nova York também calcularam cerca de meio milhão de manifestantes em Manhattan. O jornal Chicago Tribune estimou que 150 mil manifestantes saíram às ruas, mas este número não foi confirmado pela polícia. Em Boston, o gabinete do prefeito estimou que o protesto convocou entre 135.000 e 150.000 pessoas. Também foram registrados grandes protestos em Dallas, Denver, Miami, Seattle, Filadélfia e San Francisco, entre outras cidades do país. Os organizadores disseram que aproximadamente 2,5 milhões de pessoas foram às ruas em mais de 600 marchas contra Trump realizadas no exterior, de Londres a Sydney ou Paris, passando por Buenos Aires.