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sábado, 21 de dezembro de 2013

Do futebol ao salto alto, marroquinas se libertam e rebatem regras

Os traços fortes do lápis preto realçam a expressão do olhar. Os cabelos soltos e volumosos mostram a sensualidade que muitas vezes se esconde por trás dos véus. As mulheres marroquinas se liberaram. Do futebol ao salto alto, elas querem ter voz e encaram de frente as regras culturais. Pelas ruas de Marrakech, é comum ver mulheres que vestem o lenço e as roupas largas apenas nos momentos de oração. No dia a dia, o salto é alto, altíssimo, de todos os tipos. Coloridos, com brilhos e até spikes (tarrachas). Os cabelos são poderosos, e a roupa tem paetês e brilhos. Mesmo com 99% da população muçulmana, o Marrocos é um dos países árabes menos radicais e aceita bem a cultura ocidental. Nas ruas, muitos gostam de dizer que são meio europeus, e as mulheres repetem com frequência duas palavrinhas mágicas: somos livres. No salão de beleza Mouna, são vários os procedimentos que deixam a mulher ainda mais bonita. A escova e o babyliss no cabelo saem por 100 dirhams, aproximadamente R$ 29, e fazem sucesso. Todos os dias dezenas delas se produzem. Gostam de maquiagem e até as unhas recebem tratamento especial com desenhos feitos com carimbo, algo inovador para o Brasil. "Estou pronta para a noite. Vou me divertir hoje", brinca a produtora de eventos Souaâd Oukaka. A jovem estudante de medicina Sara Benchaouch, de 21 anos, também faz parte desse time. Não dispensa olhos pretos, exibe cachos generosos e dispensa o véu. "Não vejo problema em me arrumar. Gosto, me sinto bem. O cabelo representa 50% da beleza feminina. E, desde criança, minha mãe me dá liberdade para eu fazer o que quiser". Curiosamente, a mãe de Sara usa véu. Como boa parte das mulheres, Sara gosta de comprar roupas. Olha atenta as peças de uma loja de grife em Marrakech e experimenta um blazer e uma blusa com brilhos. É o figurino de inverno. No verão, o forte calor com uma sensação térmica perto de 50º a obriga a usar roupas mais leves. Blusas sem manga, bermudas e vestidos são bem-vindos. Nem por isso ela se sente menos religiosa. Cumpre os rituais do islamismo. "Eu adoro minha religião, rezo cinco vezes por dia e acredito em um único deus com Maomé como profeta. Meu sonho é ir a Meca, mas ainda não consegui porque é muito caro". O pensamento de Sara é compartilhado pela moderninha estudante de economia Zineb Lesnassi. Para ela, o caráter da pessoa não tem relação com a vestimenta. "Tem pessoas com véu que fazem coisas ruins, que podem mentir, fazer mal para os outros. A honestidade não está na roupa". Até no futebol, um esporte tão machista, as mulheres se aventuram no Marrocos. Ainda são raras no estádio, mas quem é fã do esporte não deixa de ir e torcer pelo seu time. Algumas vão desacompanhadas de homens e s e sentem seguras. É o caso de Sarita Belkasse. Torcedora do Kawkab, o time de Marrakech, ela vai ao estádio desde pequena. No fim de semana, foi acompanhada apenas de sua mãe ao jogo em meio a milhares de homens. "Eu não tenho problema com isso. Não vou deixar de ver meu time em campo porque algum homem não pôde vir comigo", conta

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ronaldo diz que Brasil tem dinheiro para fazer estádios e hospitais

Ronaldo Fenômeno participou da gravação do programa Altas Horas, nesta quinta-feira, e foi alvo de inúmeras perguntas. Além de piadas sobre o seu peso, o ex-atacante da seleção teve de responder perguntas sobre um recente vídeo que foi divulgado na web, no qual ele disse que a Copa do Mundo não seria feita com mais hospitais. "Foi um vídeo fora do contexto, colocando uma coisa óbvia. Para se fazer Copa, precisamos de estádios. A gente tem outras prioridades também. O Brasil tem muito dinheiro, tem que fazer tudo isso. É possível fazer tudo", declarou o atual membro do Conselho do COL (Comitê Organizador Local da Copa). Durante a entrevista, Ronaldo Fenômeno ainda lembrou dos bastidores da Copa do Mundo de 2002, na qual ele ajudou o Brasil a se tornar pentacampeão, e também teve que ouvir piadas sobre o seu peso. O atacante revelou que Felipão o proibia de aproveitar os rebotes, após defesas dos goleiros nos treinos da seleção. E foi numa jogada assim que ele marcou um dos gols da final contra a Alemanha. "Felipão me proibia de ir no rebote nos treinos. Ele me tirava da atividade, a gente discutia. Rebote para o centroavante dá mais dinheiro que bolsa de valores", brincou o craque. Depois, ao ouvir do humorista Marcos Veras que ele deveria ir para o Vasco, Ronaldo riu. O ex-atacante, porém, não teve tempo para responder. Antes dele, o cantor Falcão emendou uma piada: "Ai vai afundar mais ainda". Após o telão do programa exibir vários gols do ex-centroavante da seleção brasileira, Ronaldo ironizou: "Deu saudade de quando eu tinha dois dígitos no peso. Há muitos quilos atrás... Eu tinha 72 quilos", lembrou.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

CBF é corresponsável por erro na escalação de Héverton', diz defesa da Portuguesa

Na apelação ao STJD para não ser rebaixada, a Portuguesa vai argumentar que a CBF é corresponsável no erro cometido por ter escalado Héverton, que estava suspenso, no jogo contra o Grêmio. A defesa do clube paulista anexou à defesa dois documentos para comprovar a participação da confederação no caso. O primeiro é uma cópia do BID (Boletim Informativo Diário) de suspensões da sexta-feira antes da partida. Neste documento, segundo a Portuguesa, consta que Héverton tinha condição de jogar. O segundo documento é também deste BID, só que de segunda-feira, pós-jogo contra o Grêmio. E, de acordo com o clube, consta que Héverton continuava com condições de jogo. Ou seja, segundo a CBF, mesmos suspenso pelo STJD, Héverton podia atuar contra o Grêmio. "A CBF é corresponsável pelo erro da Portuguesa", afirma Felipe Ezabella, advogado que participa da defesa do clube. No julgamento do caso, marcado para o dia 27, a Lusa irá mostrar este documento para tentar ser absolvida. O "BID da Suspensão", como é conhecido por advogados e dirigentes de clubes, é acessado apenas pelas agremiações com login e senha. Segundo a reportagem do "Lance!", a entidade orientou por meio de um comunicado os times a se atualizarem por este sistema.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Após mais de dez anos, Dilma escolhe caças suecos para a FAB

Após mais de dez anos de discussão, a presidente Dilma Rousseff decidiu pela aquisição de caças Gripen NG, da sueca Saab, para a FAB (Força Aérea Brasileira) para o programa FX-2. O ministro da Defesa, Celso Amorim, e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, concederão entrevista coletiva, às 17h, para o anúncio da aquisição dos caças. No sábado, o Painel havia antecipado que a presidente havia comunicado ao presidente da França, François Hollande, que o Brasil não compraria da França as 36 aeronaves. É um final surpreendente para a disputa, que teve ao longo do segundo governo Lula o francês Dassault Rafale como o principal favorito --o avião chegou a ser anunciado como escolhido pelo presidente e seu colega Nicolas Sarkozy em 2009, mas o governo brasileiro recuou após a insatisfação da FAB, que não havia sido consultada sobre a decisão. Contra o Rafale sempre pesou a questão do preço: seu pacote inicial chegava a US$ 8 bilhões, embora descontos tenham sido negociados. No governo Dilma Rousseff, os americanos e seu Boeing F/A-18 passaram à dianteira por causa de sua oferta comercial mais atraente, de declarados US$ 7,5 bilhões mas com diversas compensações. A Boeing chegou a associar-se para vender o novo cargueiro da Embraer, o KC-390. Só que o escândalo da espionagem da Agência Nacional de Segurança americana, que incluiu Dilma no rol das autoridades alvo de arapongagem, derrubou politicamente o F-18. Com isso, o pequeno Gripen, avião criticado por ser menor do que os concorrentes e menos testado em combate, voltou à condição de favorito que a própria FAB havia declarado em seu primeiro relatório sobre a escolha, em dezembro de 2009. O pacote de 36 aviões foi oferecido por US$ 6 bilhões, mas a compra pode acabar em torno de US$ 5 bilhões.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Da Lupa fala em Justiça Comum: "CBF e STJD terão que se acertar com a Fifa"

O atual presidente da Portuguesa, Manuel da Lupa, convocou uma entrevista coletiva para falar sobre o julgamento desta segunda-feira no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) que rebaixou o clube para a Série B. Ele prevê que o caso vá parar na Justiça Comum e até deixou o caminho aberto para algum torcedor interessado em tomar tal atitude. "De momento estamos analisando entrar na Justiça Comum. Tem que correr todas as esferas, mas vai acabar acontecendo, sabemos disso. Aí a CBF e o STJD vão ter que se acertar com a Fifa, porque tem dois pesos e duas medidas", declarou Da Lupa. "Nós temos que esgotar todas as instâncias esportivas primeiro, mas nada impede que um torcedor vá para a Justiça Comum. Lamentamos muito e achamos que o campeonato tem que ser o que aconteceu em campo. A Portuguesa tem que bater no resultado do campo". Da Lupa se mostrou inconformado com que ele acredita ser uma diferença de tratamento entre os casos envolvendo o Fluminense (em 2010) e a Portuguesa (em 2013) no STJD. "Por que tirar o título do Fluminense em 2010 é imoral e rebaixar a Portuguesa não? Pegaram o artigo 133 certinho, colocaram a Portuguesa na Série B e voltar o Fluminense para a Série A pela porta dos fundos, como tem feito né, não precisa falar. O Flamengo foi condenado para justificar, dar uma acertada. Mas acho que o Flamengo vai recorrer", complementou o dirigente. O ocorrido citado por Da Lupa com o Fluminense aconteceu no Brasileirão de 2010. O clube carioca não foi julgado sobre uma suposta irregularidade na escalação de Tartá, que teria atuado mesmo suspenso (o que não ocorreu). Naquele ano, o Tricolor se sagrou campeão da competição nacional. A Portuguesa não conseguiu evitar a perda de quatro pontos pela escalação irregular do meia Heverton no empate por 0 a 0 com o Grêmio, na última rodada do Campeonato Brasileiro. Com a perda de pontos confirmada em julgamento realizado nesta segunda-feira, a equipe paulista é rebaixada para a Série B no lugar do Fluminense. O STJD optou por obedecer o regulamento da competição. O Flamengo recebeu a mesma punição horas depois.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Sindicato diz que operários da Arena Amazônia trabalham mais de 18h por dia

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil do Amazonas (Sintracomec-AM), Cícero Custódio, disse que operários que trabalham nas obras da Arena Amazônia, em Manaus, são submetidos a jornadas de mais de até 18 horas diárias sem o uso de equipamentos de segurança como cintos de segurança e proteções anti-quedas. Fiscais do Ministério Público do Trabalho (MPT) vistoriaram na manhã desta segunda-feira as obras do estádio depois que dois operários morreram no final de semana. Cícero Custódio acompanha a perícia técnica feita pelo MPT e diz que trabalhadores da obra o procuraram para revelar o que ele considera um "absurdo". "Temos trabalhadores iniciando os turnos às 7h e saindo à 1h do dia seguinte. Isso é uma aberração, um crime", diz o sindicalista. Na madrugada de sábado, o operário Marcleudo de Melo Ferreira, 22 anos, que trabalhava na instalação dos refletores do estádio no turno da madrugada, morreu após sofrer uma queda de uma altura de 35 metros. Horas depois, outro operário, José Antônio da Silva Nascimento, de 49 anos, teve um infarto enquanto prestava serviço de limpeza e terraplanagem para o asfaltamento do Centro de Convenções da Amazônia, obra do complexo da arena. Para o presidente do sindicato, a pressa para terminar as obras da Arena Amazônia, que está atrasada segundo o cronograma oficial, é a principal responsável pela pressão a que os trabalhadores da obra estão sendo submetidos. "Eles não querem saber da segurança dos trabalhadores. Eles só querem saber de entregar a obra, que está atrasada." O procurador do MPT, Jorsinei Dourado, afirmou que a pressa em entregar a obra da arena é um fator preocupante. " Nós sabíamos, desde o início das obras, que os atrasos poderiam gerar esse tipo de situação. Por isso intensificamos a fiscalização. Em vários momentos nós constatamos as jornadas excessivas de trabalho e pedimos à empresa que mudasse essa prática", afirmou o procurador no domingo. Outra informação levantada pelo presidente do sindicato é a de que o turno da madrugada, no qual Marcleudo trabalhava quando morreu, não havia sido comunicado aos representantes da categoria e nem ao MPT. "Eles não informaram sobre esse turno para ninguém. Nem a gente (sindicato) nem o Ministério Público tinha essa informação", disse. O procurador Jorsinei Dourado confirmou que o MPT não tinha conhecimento de que as obras estavam sendo realizadas durante a madrugada. "É temerário que obras dessa complexidade sejam realizadas durante a noite. Nós não tínhamos conhecimento disso e vamos apurar o que aconteceu", disse o procurador. O presidente do Sintracomec-AM disse ainda que trabalhadores revelaram aos peritos que operários estavam sendo pressionados a trabalhar sem o uso dos equipamentos de segurança exigidos por lei, entre eles o cinto de segurança e o "fio de vida", uma espécie de proteção contra quedas.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Raja Casablanca vence Monterrey e enfrenta o Atlético-MG na semi do Mundial

O adversário do Atlético-MG na semifinal do Mundial de Clubes foi definido na noite deste sábado e os comandados de Cuca terão pela frente o Raja Casablanca. Grande surpresa do torneio, o time da casa contou com o apoio do seu empolgado torcedor para derrotar o favorito Monterrey por 2 a 1, na prorrogação, e se tornar o rival do Galo na próxima quarta-feira. É a primeira vez que o time marroquino chega tão longe na competição entre clubes – disputou o Mundial em 2000, mas foi eliminado na fase de grupos com três derrotas em três jogos. O Raja pode colocar a classificação na conta da torcida e do goleiro Khalid Askri. O camisa 61 foi o grande destaque da partida, com grandes defesas que pararam o poderoso ataque do Monterrey, formado por Cardozo, Delgado e Suazo. Fora de campo, a torcida lotou as arquibancadas do estádio Nacional, em Agadir, e apoiou seus jogadores nos 120 minutos. Em casa e empolgado com o clima criado pelo torcedor, o Raja Casablanca quase saiu na frente logo aos 10min, mas El Hachimi finalizou mal na frente do goleiro Orozco. O Monterrey fez valer sua melhor qualidade técnica e começou a criar diversas chances com o decorrer da partida, mas Askri parou Delgado e Cardozo em, pelo menos, quatro oportunidades. Aos 24min, o Raja conseguiu abrir o placar. Orozco saiu mal ao tentar cortar um cruzamento rasteiro e Chitibi aproveitou a falha e tocou para as redes, para a festa da torcida que lotava as arquibancadas. O Monterrey seguiu em cima do rival e via o goleiro da casa fazer grandes defesas. O empate só saiu aos 7min da etapa final, com Basanta. O zagueiro subiu mais alto que a marcação e cabeceou firme para igualar. Com o passar do tempo, as equipes começaram a sentir o cansaço, principalmente o Raja, que enfrentou o Auckland City na última quarta-feira. As chances de gol diminuíram e a partida perdeu em emoção. Assim, a decisão foi para a prorrogação. Logo aos 5min, Guehi aproveitou cruzamento na área do Monterrey e cabeceou firme para o gol e recolocar o time da casa em vantagem novamente. O time mexicano sentiu o golpe e quando conseguiu reagir, parou em novas boas defesas do Askri, que também na base da cera, levou seu time à inédita semifinal. Do outro lado da chave, o Guangzhou Evergrande venceu o Al Ahly por 2 a 0 e será o adversário do Bayern de Munique na semifinal, a ser disputada na próxima terça-feira.