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sábado, 12 de outubro de 2013

Cada brasileiro paga, em média, quase R$ 8.000 em impostos por ano

As estimativas mais recentes da carga tributária do país apontam que cada brasileiro pagou, em média, quase R$ 8.000 em tributos federais, estaduais e municipais no ano passado. Isso significa 35,5% de toda a renda gerada no país, segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Trata-se da carga mais alta entre os principais países emergentes (talvez a Argentina tenha carga semelhante, mas as estatísticas do país vizinho não são confiáveis). Obviamente, nem todos os contribuintes pagam diretamente todos os tributos: há impostos pagos apenas por empresas, contribuições pagas por servidores públicos, taxas pagas por quem utiliza determinados serviços públicos. Mas a tributação significa custos que acabam elevando preços ou reduzindo salários em toda a economia.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Organização contra armas químicas Opaq ganha prêmio Nobel da Paz

A Opaq (Organização para a Proibição de Armas Químicas) é a vencedora do Nobel da Paz 2013, anunciou nesta sexta-feira (11) a instituição, em Oslo, na Noruega. VENCEDORES DO PRÊMIO NOBEL 2013 MEDICINA James E. Rothman (EUA), Randy W. Schekman (EUA) e Thomas C. Südhof (Alemanha) FÍSICA François Englert (Bélgica) e Peter Higgs (Reino Unido) QUÍMICA Martin Karplus (Áustria), Michael Levitt (África do Sul) e Arieh Warshe (Israel) LITERATURA Alice Munro (Canadá) A entidade está coordenando, junto a ONU (Organização das Nações Unidas), a destruição do arsenal de armas químicas da Síria em meio à guerra civil no país. A operação é resultado de um plano estipulado pela comunidade internacional e ratificado pela ONU após acordo feito pelos Estados Unidos e pela Rússia para evitar uma intervenção militar. De acordo com o comitê do prêmio, apesar de a organização ter ganhado notoriedade internacional com a ação na Síria, a instituição Nobel fundamenta a escolha na trajetória da organização, no que diz respeito a seu "extensivo trabalho para eliminar armas químicas". "Os fatos recentes na Síria, onde houve a utilização de armas químicas, evidenciou a necessidade de se aumentar os esforços para eliminá-las", explicou Thorbjoern Jagland, secretário do Comitê do Prêmio Nobel da Noruega. Na decisão, foi lembrado que ainda existem países que não assinaram a Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas e que outros, como os EUA e Rússia, não cumpriram os prazos para a eliminação de seus arsenais. Além do título, o Nobel da Paz contempla os ganhadores com um valor de 8 milhões de coroas suecas (US$ 1,25 milhão). A cerimônia de entrega acontecerá em Estocolmo em 10 de dezembro, aniversário da morte do fundador do prêmio, Alfred Nobel. A Opaq, que já foi indicada anteriormente, ganha o prêmio Nobel no ano em que completa 20 anos da assinatura da Convenção de Armas Químicas, tratado internacional criado em 1993 que proíbe a produção e armazenamento desse tipo de arma, e que deu origem a sua fundação, em 1997. Cento e oitenta e nove países aderiram ao tratado da Opaq, que tem sede em Haia (Holanda). A Opaq é responsável pela destruição de 57.740 toneladas métricas de armas químicas em 86 países; o montante representa 81,1% do total do estoque desses países.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Número de calotes tem quarta queda seguida, e recua 11% no ano, mostra Serasa

SÃO PAULO, 10 Out (Reuters) - O índice de calotes de consumidores no Brasil apurado pela empresa de dados de créditos Serasa Experian recuou 2,8% em setembro em relação a agosto, na quarta queda mensal consecutiva, informou a companhia nesta quinta-feira. Na comparação com setembro de 2012, o indicador caiu 10,8%, encerrando o acumulado do início de 2013 até o mês passado em alta ligeira de 0,7% sobre um ano antes. Anteriormente, de janeiro a agosto, o índice estava em alta de 2,2%. "A manutenção das baixas taxas de desemprego, o recuo da inflação após as fortes altas verificadas durante o primeiro semestre e a atitude mais cautelosa dos consumidores perante a contratação de novas operações de crédito têm contribuído para queda sistemática da inadimplência ao longo destes últimos meses", informou a Serasa em comunicado à imprensa. As dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas e prestadoras de serviços como telefonia e energia elétrica) e a inadimplência com os bancos foram as principais responsáveis pela queda do indicador, com variações negativas de 2,6% e 2,9%, respectivamente, na comparação com agosto. Os títulos protestados caíram 20%. Os cheques sem fundos apresentaram variação nula no índice de setembro, segundo a empresa.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Inflação acelera em setembro, mas volta a ficar abaixo de 6% em 12 meses

A inflação oficial acelerou para 0,35% em setembro, após avançar 0,24% em agosto, mas registrou queda pelo terceiro mês seguido no acumulado dos últimos 12 meses, segundo informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (9). A inflação oficial em 12 meses ficou em 5,86%, acima da meta do governo para o período (4,5%), mas dentro do limite previsto (de até 6,5%). É a primeira vez no ano que o indicador fica abaixo do patamar de 6% no acumulado dos últimos dozes meses. A alta dos preços no país foi considerada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) um dos obstáculos para o crescimento do país. Segundo a entidade, o Brasil deve ter o menor crescimento entre os países emergentes no próximo ano. Inflação acumulada em 12 meses Fonte: IBGE Governo tem segurado alta da gasolina, mas preço deve subir Para ajudar a inflação a se manter dentro desse objetivo, o governo tem evitado autorizar a Petrobras (PETR4) a elevar os preços da gasolina desde janeiro. A decisão, no entanto, prejudicou a capacidade de investimentos da estatal. O aumento nos preços é cobrado pela Petrobras, como forma de alinhar os preços internos de derivados de petróleo aos valores internacionais, cotados em dólar. Ontem, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou que o preço da gasolina pode subir este ano, mas não há ainda uma data definida. O diesel foi reajustado duas vezes este ano pela Petrobras--com altas de 6,6% em janeiro e 5% em março--, enquanto a gasolina teve uma alta de 5,4% janeiro. Na gasolina, o governo tentou amenizar o impacto sobre a inflação com aumento na proporção de etanol misturado no combustível, de 20% para 25%, mas a decisão só foi executada em maio.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Brasil vai crescer menos da metade dos emergentes em 2014, diz FMI

Pela segunda vez neste ano, o FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu a sua previsão de crescimento para o PIB brasileiro em 2014 e agora prevê que a economia nacional vai crescer menos da metade da média dos países emergentes. O Fundo estima agora expansão de 2,5% para a economia brasileira no ano que vem, 0,7 ponto percentual menos que na sua previsão anterior, de julho. Na sua primeira projeção, em janeiro, o organismo previa crescimento de 4% para o Brasil. Apesar da redução, o FMI está mais otimista com a economia brasileira que os analistas consultados pelo Banco Central para o seu relatório Focus, que apontavam alta de 2,2% para 2014. No caso dos emergentes, a previsão do Fundo é de avanço de 5,1%, ante uma estimativa anterior de 5,5%. Nenhum país (emergente ou desenvolvido) teve um corte maior que o Brasil nas projeções do organismo multilateral. Para 2013, o Fundo manteve a sua previsão de crescimento de 2,5% para o Brasil. Já os emergentes devem se expandir em 4,5% (0,5 ponto percentual menos que sua estimativa de julho), com fortes recuos nas projeções para Rússia, México e Índia. Em 2012, o PIB brasileiro avançou 0,9%, enquanto a média dos emergentes foi de alta de 4,9%. "A recuperação do Brasil vai continuar em ritmo moderado, ajudado pela depreciação no câmbio, por um ganho de força do consumo e por políticas que visam o aumento do investimento", disse o Fundo em relatório nesta terça-feira (8). No entanto, o organismo afirma que a inflação alta (em 12 meses até agosto, o IPCA acumula alta de 6,1%) está afetando a renda real e pode "pesar no consumo". Por isso, recomenda o aumento na taxa de juros. O Banco Central já elevou os juros quatro vezes neste ano, de 7,25% anuais para 9%. O Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne novamente nesta semana e a expectativa do mercado é de novo aumento na taxa.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

PT e PSDB buscam aliados contra Marina e Campos acirra disputa

A aliança da ex-senadora Marina Silva com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), acirrou a disputa entre petistas e tucanos por aliados para a eleição presidencial do próximo ano. Por recomendação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal estrategista da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, o Palácio do Planalto vai intensificar negociações para manter o PDT a seu lado e tirar o PP e o recém-criado Solidariedade da órbita tucana. 'Maioria está perplexa', diz marineiro Dilma planeja usar a reforma ministerial prevista para o fim deste ano para amarrar as alianças tanto no plano federal como nos Estados. Do lado do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) vai buscar o apoio do PPS, que tentou sem sucesso atrair o ex-governador tucano José Serra e Marina para lançá-los como candidatos à Presidência. Editoria de Arte/Folhapress Sem candidato a presidente, a avaliação é que a aliança natural do PPS é com o PSDB, já que a legenda tem vários parlamentares que se elegeram em coligações com os tucanos em seus Estados. "Se analisar o cenário de hoje, só tem ele [Aécio] e o Eduardo Campos", diz o presidente do partido, o deputado federal Roberto Freire (SP). Em conversas reservadas, Aécio disse confiar que, apesar da estratégia do Palácio do Planalto de atrair o apoio de deputados do Solidariedade, a cúpula da nova sigla está fechada com seu projeto. Seu criador, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, controla o partido, chamou Dilma de "inimiga" na semana passada e já garantiu seu apoio a Aécio. Ele deve contribuir com cerca de 40 segundos em cada bloco de 25 minutos de propaganda eleitoral na televisão em 2014. O PP será disputado pelo governo Dilma e pelo PSDB. Os articuladores políticos do governo têm conversado com o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente da sigla, para garantir seu apoio a Dilma. Na última eleição, o partido, liderado pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que é tio de Aécio Neves, adotou posição neutra. Atualmente, a legenda controla o Ministério das Cidades. No caso do PDT, a equipe de Dilma acredita que o apoio do partido está garantido, principalmente depois que a presidente bancou o ministro Manoel Dias (Trabalho) mesmo num momento de fragilidade por causa de acusações de irregularidades na pasta ocupada pela legenda. Ontem, um dia depois do anúncio da aliança de Eduardo Campos com Marina Silva, o Palácio do Planalto avaliava que Dilma pode até ganhar mais chances de decidir a eleição no primeiro turno. Um assessor destacou que dois possíveis candidatos se tornaram apenas um agora. Além disso, a equipe de Dilma levanta dúvidas se todo o eleitorado de Marina vai marchar a seu lado na aliança com Campos. Acha possível até que uma parcela possa migrar para seu campo. De acordo com a mais recente pesquisa do Datafolha, concluída no início de agosto, Dilma tinha 35% das intenções de voto. Marina estava com 26%, Aécio tinha 13%, e Eduardo Campos, com 8%, estava em quarto lugar. Os petistas querem reduzir ao máximo possível as traições nos Estados de aliados no plano nacional. Eles vão trabalhar para evitar a repetição do que ocorrerá na Bahia, onde o peemedebista Geddel Vieira Lima, mesmo com cargo no governo, tende a apoiar algum nome da oposição na campanha. Em dezembro, a presidente vai trocar boa parte de sua equipe porque vários ministros vão disputar a eleição em 2014. Entre eles estão os petistas Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

domingo, 6 de outubro de 2013

Mesmo com apagão, B52’s recria festa new wave 28 anos depois do Rock in Rio em São Paulo

Rio de Janeiro, 1985. Uma banda de pós-punk da Georgia, EUA, bota milhares de brasileiros para dançar num festival predominantemente metaleiro. Era a estreia do B52’s, colocando cores numa tediosa paleta preta do heavy metal. São Paulo, 2013. A mesma banda, com formação de front idêntica (as vocalistas “ab-fabs” Kate Pierson e Cindy Wilson e Fred Schneider, o mentor musical e dono da voz metálica uma das marcas registradas da banda), transforma a casa de show HSBC Brasil numa pista de dança new wave, de novo. O show começa com Planet Claire, já colocando o público no clima festivo que estava por vir. De cara, os agudos de Kate demonstram que os anos foram gentis com suas cordas vocais. Nem tanto para os looks das “meninas”, agora na casa dos 50, e não mais tão montadas como quando surgiram no final dos anos 70 – num época em que a disco music já dava sinais de cansaço, e o pós-punk trazia uma certa melancolia no jeito de vestir. Quando apareceram, Kate e Cindy causaram com uma coleção de roupas de brechós dos anos 60 e as famosas e imensas perucas “bolo de noiva”, que depois seriam resgatadas por figuras como Amy Winehouse. Agora, as perucas tomaram uma chuva, ganharam um toque de chapinha, e as moças, um banho de loja... de departamento. Tudo mais certinho, pelo menos no visual. Mas na música a coisa continua impecável. As vozes dos três líderes seguem firmes, cristalinas. A animação no palco, a de uma banda de garagem – apesar dos movimentos econômicos de Cindy, que enquanto tocava o bongô e degustava um drink parecia estar poupando energia para uma aula de ioga.