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sábado, 12 de julho de 2014

Máfia vendia ingresso da Copa vindo da CBF em agência de Copacabana, diz MP

Bilhetes da Copa do Mundo de 2014 reservados pela Fifa à CBF acabaram sendo vendidos em agências de turismo de Copacabana por membros da máfia dos ingressos do Mundial. Isso pelo menos é que o informa a denúncia do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), a qual detalha o funcionamento da quadrilha internacional que comercializava ilegalmente tíquetes do torneio. A denúncia foi apresentada à Justiça na quarta-feira. Com base nela, foram acusados 12 suspeitos de integrar a máfia dos ingressos. Onze tiveram sua prisão preventiva decretada pelo Juizado do Torcedor também na quarta. Alexandre Marino Vieira, Antonio Henrique de Paula Jorge e Marcelo Pavão da Costa estão entre os acusados de fazer parte da quadrilha. De acordo com o MP, todos negociavam bilhetes ilegalmente, assim com a maioria dos membros da máfia do ingresso. Acontece que, no caso dos três, grande parte das entradas negociadas era oriunda da CBF. "Grande parte dos lotes [de bilhetes] adquiridos [e depois vendidos] por eles destinava-se às seleções participantes da competição, bem como ingressos de cortesia, especialmente da CBF", descreve o promotor Marcos Kac, no documento enviado pelo MP à Justiça. Kac prossegue e diz que Alexandre, Antonio e Marcelo tinham ligações com duas agências de turismo em Copacabana: a Tour da Bola e a Jato Tour. Era lá que os três vendiam os ingressos da Copa, inclusive os que deveriam ser usados exclusivamente por representantes da CBF ou convidados de membros da seleção brasileira de futebol. As agências Tour da Bola e Jato Tour foram fechadas pela Polícia Civil do Rio durante a operação Jules Rimet, deflagrada no início da semana passada. A operação foi resultado de mais um mês de investigação. Prendeu os 12 suspeitos acusados pelo Ministério Público e chegou a apreender ingressos da Copa reservados à membros da comissão técnica da seleção. No dia em que os ingressos foram apreendidos, a CBF informou que iria investigar internamente como os bilhetes tinham ido parar com membros da máfia do ingresso. Depois, a entidade descartou apurar o assunto. Quadrilha organizada De acordo com o MP-RJ, máfia dos ingressos tinha estrutura definida e era organizada. Vendia ilegalmente ingressos da Copa do Mundo de 2014 oriundos de diferentes fontes. Comercializava, inclusive, bilhetes reservados pela Fifa a um fundo governamental de tíquetes, os quais depois foram repassadas a escolas e ONGs (organizações não governamentais). Para o MP, o chefe da quadrilha é o inglês Raymond Whelan, diretor executivo da Match Services, empresa parceira da Fifa na organização da Copa do Mundo. Whelan também teve sua prisão decretada e é considerado foragido. Segundo a polícia, o inglês fugiu do hotel em que estava hospedado pela porta dos fundos para não ser preso (veja o vídeo abaixo). Abaixo de Whelan, estava o empresário argelino Mohamadoud Lamine Fofana, acusado de ser o "braço direito" do inglês. Fofana está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó deste a deflagração da operação Jules Rimet. Era Fofana quem matinha contato com Alexandre, Antonio e Marcelo, que negociavam os ingressos dados à CBF em Copacabana. Acusados presos e Whelan negam que cometeram qualquer crime. A Match, aliás, divulgou um comunicado na quarta-feira criticando o trabalho da Polícia Civil do Rio de Janeiro e declarando que seu diretor executivo é inocente, não foragido.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

rego na indústria recua 2,6% em um ano, na 32ª queda seguida

O emprego na indústria encolheu 2,6% em maio em relação ao mesmo mês do ano passado. É a 32ª queda seguida na comparação anual, e também a maior baixa desde novembro de 2009 (-3,7%). Em relação a abril, a queda do pessoal ocupado na indústria foi de 0,7%. O emprego na indústria acumula quedas de 2,2% no acumulado de 2014, e de 1,7% em 12 meses. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Emprego e Salário, divulgada nesta sexta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Queda em 13 de 14 locais pesquisados Houve baixa no emprego industrial em 13 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, com destaque para Paraná (-4%), Rio Grande do Sul (-3,8%), São Paulo (-3,7%) e Minas Gerais (-2,1%). Entre os 18 ramos da indústria pesquisados pelo IBGE, 15 reduziram o percentual de pessoal ocupado na comparação de maio deste ano com o mesmo período do ano passado. Os principais recuos foram observados nos segmentos de produtos de metal (-7,4%), calçados e couro (-7,9%), meios de transporte (-4,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,1%). Cai quantidade de horas pagas De acordo com a pesquisa do IBGE, também houve recuo (0,8%) na quantidade de horas pagas, de abril para maio deste ano. Em relação a maio de 2013, a queda foi de 3,3%; no acumulado do ano, de 2,7%; e em 12 meses, de 2%. Por outro lado, a folha de pagamento real da indústria cresceu 1,9% de abril para maio. Na comparação de maio deste ano com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi 1,4%. As altas acumuladas na folha de pagamento são de 1,7% no ano, e de 0,9% em 12 meses.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Argentina diz que 7 a 1 sobre Brasil não é motivo para ter medo da Alemanha

A impressionante goleada de 7 a 1 da Alemanha sobre a seleção brasileira, no Mineirão, pelas semifinais da Copa do Mundo, não é algo que amedronte os argentinos para a decisão que será disputada no Maracanã no domingo. Questionados depois da vitória nos pênaltis sobre a Holanda sobre o desempenho alemão, os argentinos disseram que o que aconteceu foi um acaso e fruto de uma baixa psicológica e desorganização tática do Brasil depois de levar o segundo gol. Foi consenso entre eles de que o resultado não mete medo. "Não, seguramente não foi uma partida normal. Não acontecem sete gols em um jogo de times semifinalistas. Mas tem nosso respeito normalmente", falou o zagueiro Demichelis. "Ficou claro que depois dos dois gols da Alemanha, a organização tática do Brasil se foi, e o time passou a dar espaços para a Alemanha, que com um time de qualidade que tem passou a aproveitar. Cada partida é diferente uma da outra", endossou o volante Biglia. "Isso (7 a 1) não acontece muitas vezes, é muito difícil de ver. Sabemos que a Alemanha é uma grande seleção, com grandes jogadores. Ver algo de muito positivo de Alemanha por isso (goleada) é difícil", falou o meio-campista Enzo Perez. O atacante Higuain não quis nem saber de falar sobre a goleada da Alemanha depois e disse que o time europeu também tem que se preocupar com a Argentina. "Não é uma pergunta pra nós isso, mas sobre a final apenas. Vamos ver o que acontece domingo. Tem que perguntar o que os alemãs esperam de nós também, porque chegamos em uma final. Temos que respeitar, mas eles também têm que nos respeitar", falou o atacante. Argentina e Alemanha se enfrentarão no próximo domingo, no Maracanã, na grande decisão do Mundial. Um dia antes, Brasil e Holanda fazem melancólica disputa pelo terceiro lugar na cidade de Brasília.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Acusado de liderar máfia dos ingressos é solto no Rio de Janeiro

O britânico Raymond Whelan, acusado de ser o comandante do esquema de venda ilegal de ingressos, foi solto na madrugada desta terça-feira. Seus advogados entraram com um habeas corpus e conseguiram a liberação do diretor da Match Services AG, que havia sido detido durante a execução da Operação Jules Rimet. Whelan estava detido no 18º DP, na capital fluminense, e foi liberado por volta das 4h30 da madrugada, para responder ao caso em liberdade. Ele tinha um mandado de prisão temporária de cinco dias, com possibilidade de prorrogação por mais cinco, mas seus advogados entraram com o pedido de habeas corpus já na noite de segunda, tendo sucesso. A prisão aconteceu em ação realizada no hotel Copacabana Palace, na segunda-feira, e teve apreensão de cerca de 100 ingressos. Raymond Whelan, de 64 anos, é o CEO da Match, empresa que detém exclusividade para venda de pacotes e camarotes da Fifa. Ele é apontado como elo entre a entidade e uma organização que desviava e comercializava ingressos da Copa do Mundo - captadas em gravações autorizadas, centenas de ligações telefônicas comprovam vínculo entre o executivo e o franco-argelino Lamine Fofana, integrante da quadrilha, que foi preso na semana passada. O CEO da Match não é um funcionário da Fifa, mas tem ligação estreita com a entidade. A empresa que ele comanda é a única responsável por venda de camarotes e pacotes corporativos. Além disso, detém exclusividade em aspectos como credenciamento de hotéis para competições. Uma das acionistas da Match é a Infront Sports & Media, empresa presidida por Phillip Blatter, sobrinho de Joseph Blatter, que é presidente da Fifa. A companhia dele detém 5% da responsável pela venda de pacotes corporativos. A proximidade da Match com a Fifa, contudo, vai muito além disso. Whelan foi porta-voz da entidade em todas as entrevistas coletivas sobre venda de ingressos corporativos e camarotes para a Copa do Mundo. Desde que a operação da Polícia Civil explodiu, é a entidade que tem respondido sobre acusações à empresa. A prisão de Whelan é uma evolução da operação "Jules Rimet", que foi deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na semana passada. A ação prendeu 11 pessoas suspeitas de integrarem uma quadrilha que desviava e comercializava ilegalmente ingressos para a Copa do Mundo de futebol. A iniciativa foi apoiada por Ministério do Esporte e Juizado do Torcedor. Entre os presos na operação estava também Lamine Fofana, franco-argelino que foi apontado inicialmente como um dos chefes da quadrilha. Ele tem influência e relações próximas com dirigentes e jogadores e já foi fotografado com diversos astros dos gramados, como Dunga, Romário e Ronaldo.

domingo, 6 de julho de 2014

Sem Neymar, seleção precisará apelar mais do que nunca ao "estilo Felipão"

Quando passou apertado pelo Chile nas oitavas, Felipão adiantou que precisava retomar seu velho estilo. Agora, sem Neymar, o treinador terá de voltar mais do que nunca às antigas. Com a perda do diferencial ofensivo, Brasil fica mais dependente da marcação forte e da bola parada, velhas armas do comandante verde-amarelo. Os números de Neymar na seleção mostram que jogar o fim da Copa sem o camisa 10 não será missão das mais fáceis. Além de artilheiro do time com quatro gols, o atacante é quem mais corre com a bola, quem mais chuta e é a peça-chave da criação brasileira. Sem ele, é difícil pensar até na escalação ideal. Willian e Bernard, mais ofensivos, seriam as opções mais recomendáveis para Felipão. O problema é que o Brasil enfrenta, logo de cara, a Alemanha, um dos times mais ofensivos da Copa do Mundo, com pujança de bons nomes em seu ataque. Por isso, não é difícil imaginar uma formação mais cautelosa para a seleção. Nesse cenário, Ramires e até mesmo Luiz Gustavo poderiam ser alternativas de Felipão. O primeiro é versátil e pode se dividir entre criar e combater. O segundo é, até que se prove o contrário, titular da seleção. Só que no último jogo, suspenso, o volante viu Paulinho e Fernandinho formarem uma boa dupla. Por isso, também não se pode descartar um time com os três juntos, povoando a área do campo em que o time alemão é mais forte. Seja quem for a opção de Felipão, vale a pena esperar por um time mais viril, como foi contra a Colômbia. Já contaminado pelo estilo do treinador, o Brasil abusou das faltas nas quartas, especialmente com Fernandinho, encarregado de parar James Rodriguez. Nenhuma novidade na carreira de Felipão. Como ele mesmo já ressaltou em entrevistas anteriores, jogar bonito não é exatamente uma das preocupações das suas equipes. "Volante goleador só é bonito para a imprensa", disse o treinador no ano passado à Folha de S. Paulo, em uma de suas primeiras entrevistas após o retorno à seleção brasileira. Volante não pode, mas zagueiro sim. Se Neymar não estava exatamente brilhando, coube aos zagueiros do time ajudar o Brasil a chegar à semifinal. Para superar Chile e Colômbia, a seleção contou com gols de David Luiz (2) e Thiago Silva, todos em jogadas de bola parada, outra marca do treinador. Contra a Alemanha, manter esse ritmo, ou aumentar a dosagem do "estilo Felipão", podem ser o caminho.