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sábado, 17 de março de 2012

China coloca em vigor registro obrigatório para microblogueiros

Sob uma chuva de críticas nas redes sociais, a China passou a exigir nesta sexta-feira que dezenas de milhões de microblogueiros informem o nome e a cédula de identidade antes de publicar.

Inicialmente, a medida vale para os sites de microblogs (weibo, no termo em mandarim) com sede em Pequim.

Um deles é o Sina, o mais popular do país. Ao meio-dia de ontem, o site informou que apenas 19 milhões dos mais de 300 milhões de usuários haviam se registrado com as novas regras. Os que não o fizeram podem ler, mas ficam impedidos de postar.

O Twitter está bloqueado na China, mas as redes sociais locais são bastante populares e servem como o principal termômetro da opinião pública do país.

O governo chinês afirma que a medida evitará a disseminação de rumores. Além disso, terá mais instrumentos para vigiar críticos do regime, cada vez mais reprimidos ao longo dos últimos meses.

Na internet, a maioria das centenas de milhares de comentários sobre o assunto criticava as novas regras.

"Os usuários ainda têm coragem de falar o que querem? Vou ter saudade dos bons comentários. Agora, chega uma era viciada no registro verdadeiro. A única exceção é o registro das propriedades dos oficiais de governo", escreveu o microblogueiro Xu Xin.

"Essa política reflete melhor a liberdade de expressão e, em certo grau, purifica o ambiente da weibo", afirmou o usuário Wang Yong.

A censura chinesa prioriza principalmente temas políticos, aponta um levantamento recente da Universidade Carnegie Mellon (EUA) com 57 milhões de mensagens. A maioria dos posts apagados mencionava os dissidentes Ai Weiwei e Liu Xiaobo, Falun Gong movimento religioso banido pelo governo, e convocações de protestos, entre outros assuntos politizados.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Rio testa sistema pioneiro de tecnologia em centros urbanos

Perto da praia de Copacabana há uma sala de controle que parece algo saído diretamente da Nasa, a agência espacial americana.

Funcionários municipais, trajando macacões brancos, trabalham sem alarde diante de uma parede gigante com muitas telas --uma espécie de Rio virtual em tempo real. Imagens de vídeo chegam constantemente de estações de metrô e de cruzamentos importantes. Um programa de meteorologia traça previsões de chuva em vários pontos da cidade. Um mapa se ilumina para apontar os locais onde há acidentes de carro, falta de luz e outros problemas.




Andre Vieira - 7.nov.11/"The New York Times"








Guru Banavar, que dirigiu o projeto para a unidade Cidades Mais Inteligentes, da IBM


A ordem e a precisão parecem deslocadas nesta cidade brasileira descontraída. Mas o que está acontecendo aqui reflete um experimento ousado e potencialmente lucrativo que pode moldar o futuro de cidades em todo lugar do mundo.

O prédio em questão é o Centro de Operações Rio e seu sistema foi criado pela IBM.

O Rio está servindo de teste crucial para a empresa. Até 2050, aproximadamente 75% da população mundial deve estar vivendo em cidades. Muitas áreas metropolitanas já empregam sistemas de coleta de dados como sensores, câmeras de vídeo e GPS. Avanços na potência de computação e na análise de dados agora possibilitam que empresas como a IBM coletem e organizem todos esses dados e, com a ajuda de algoritmos de computador, identifiquem padrões e tendências.

O mercado para suprir cidades de sistemas "inteligentes" deve chegar a US$ 57 bilhões até 2014, segundo a firma de pesquisas de mercado IDC Government Insights. A IBM quer dominar uma parte disso.

Aberto pela unidade de Cidades Mais Inteligentes da empresa no final de 2010, o Centro de Operações Rio faz parte de um esforço para conquistar um lugar nesse mercado. Desde sua fundação, a unidade Cidades Mais Inteligentes já se envolveu em milhares de projetos.

EXPANSÃO ACELERADA

Cidade horizontal que se estende entre montanhas e o oceano Atlântico, o Rio de Janeiro é ao mesmo tempo uma cidade em expansão acelerada, uma cidade de praia, um paraíso, uma monstruosidade, um centro de pesquisas e uma grande obra em construção.

Gigantes do setor petrolífero como a Schlumberger vêm correndo para construir centros de pesquisas aqui, para ajudar a desenvolver os enormes campos marítimos de petróleo e de gás.

Unidades policiais especiais entraram em cerca de 20 favelas, em um esforço para afirmar o controle do governo e combater a criminalidade. O Rio está reconstruindo grandes estádios e construindo um sistema de ônibus, para a Copa do Mundo de 1914 e para os Jogos Olímpicos de 2016.

Esta é uma cidade em que alguns dos ricos vivem em condomínios fechados, enquanto alguns dos pobres nas favelas pirateiam eletricidade da grade elétrica.

Uma cidade às vezes atingida por desastres --naturais ou não. Temporais podem provocar deslizamentos de terra mortíferos. No ano passado um bonde histórico descarrilou, matando cinco pessoas.

No início deste ano, três prédios desabaram no centro da cidade, deixando pelo menos 17 mortos e dezenas de feridos.

As condições complexas criam um ambiente propício para a IBM ampliar seu trabalho com governos municipais. Se a empresa puder remodelar o Rio de Janeiro como cidade mais inteligente, poderá fazer o mesmo em qualquer outro lugar do mundo.

"Uma cidade inteligente é uma cidade com informação", disse Guru Banavar, 45, o executivo-chefe de tecnologia da IBM para o setor público global. "Uma vez que você tenha as informações necessárias, entenda-as e saiba o que fazer com elas, estará a meio caminho da inteligência."

O fato que catalisou a criação do centro de operações foi uma tempestade torrencial ocorrida há quase dois anos. Por volta das 4h daquela manhã, o prefeito Eduardo Paes começou a receber informações alarmantes. Deslizamentos de terra estavam ocorrendo em algumas favelas, e havia o risco de muitos mais. Houve inundações inesperadas.

Carros e caminhões estavam ilhados na água, que não parava de subir. Mas o Rio não contava com um local específico a partir do qual o prefeito pudesse monitorar a situação e supervisionar a resposta. "Percebi que éramos muito fracos", recordou.

Eduardo Paes viveu no Estado americano de Connecticut na adolescência e se lembrava que algumas cidades americanas decretavam "dias de neve", para que pudessem limpar as ruas.

Ainda na madrugada, ele começou a telefonar para estações de TV, rádios e jornais, declarando estado de emergência e recomendando à população que não saísse de casa.

"Não tínhamos planos para isso, mas funcionou", disse Paes. Sessenta e oito pessoas morreram, mas o número de mortos poderia ter sido muito maior. Mesmo assim, o prefeito decidiu que o Rio poderia fazer melhor.

Ele teve um encontro com a IBM, que tinha desenvolvido centros de controle de criminalidade para Madri e Nova York, além de um sistema de cobrança de taxa de congestionamento de trânsito para Estocolmo. Só que criar um sistema para o Rio, abrangendo a cidade inteira, era um empreendimento muito maior.

A IBM administrou o projeto em sua íntegra. Empresas locais cuidaram da construção e das telecomunicações. A Cisco forneceu infraestrutura de rede e o sistema de videoconferências que liga o centro de operações à casa do prefeito. As telas digitais são da Samsung.

A IBM incorporou hardware, software, capacidades analíticas e de pesquisas. Uma plataforma de operações virtual atua como centro de coleta e distribuição de dados, integrando as informações que chegam por telefone, rádio, e-mail e mensagens de texto. Quando os funcionários da prefeitura entram no sistema, eles podem carregar informações de uma cena de acidente, por exemplo, e ver quantas ambulâncias foram enviadas para o local.

Podem analisar informações históricas para identificar os locais onde tendem a ocorrer acidentes de carro, por exemplo. Além disso, a IBM desenvolveu um sistema de previsão de enchentes customizado para a cidade.

O prefeito disse que o projeto custou ao Rio cerca de US$ 14 milhões. Se tudo funcionar, poderá fazer do Rio um modelo de gestão municipal movida por dados.

"Queremos colocar o Rio à frente de todas as cidades do mundo em matéria de operações do cotidiano e resposta a emergências", afirmou o prefeito. Mas, segundo ele, o desafio será fazer a cidade funcionar com mais eficiência sem, entretanto, diluir o espírito que a faz ser o que é. "Não queremos ser uma Lausanne ou Zurique", acrescentou.




Marcelo Sayão - 6.abr.2010/Efe








Deslizamento de terra na favela da Mangueira, no Rio; incidente foi catalisador do novo centro de operações


PROVA DE EFICIÊNCIA

No final de janeiro, um edifício de 20 andares no centro do Rio, situado ao lado do Teatro Municipal, desabou, arrastando com ele dois outros prédios. O centro de operações entrou em ação imediatamente.

Por mero acaso, um funcionário da prefeitura estava tomando uma cerveja perto do local e avisou Carlos Roberto Osório, secretário de obras públicas e conservação da cidade. "Ganhamos um minuto graças à sorte", falou Osório. "Mas o sistema funcionou muito bem."

No centro de operações, funcionários alertaram os departamentos de bombeiros e da Defesa Civil e depois pediram às empresas de gás e de eletricidade que cortassem o fornecimento à área em volta do desastre. Outros fecharam temporariamente o metrô a partir do local, fecharam o acesso à rua, despacharam ambulâncias, alertaram hospitais, enviaram equipamentos pesados para remover os escombros e ativaram guardas civis para esvaziar prédios nas redondezas e garantir a segurança do local.

O Twitter do centro de operações alertou seus seguidores sobre as ruas bloqueadas e os caminhos alternativos possíveis. O próprio Carlos Osório dirigiu-se ao local às pressas e, de lá, postou fotos para suas contas no Twitter e no Facebook.

Pelo menos 17 pessoas morreram no desabamento. Mas a resposta coordenada da cidade foi uma vitória para o centro. "Nunca antes conseguimos reagir tão prontamente", disse Osório.

ARGUMENTOS A FAVOR

Em fevereiro, Osório estava em pé no Sambódromo, sob o calor do meio-dia, supervisionando a reconstrução do local, duas semanas antes do Carnaval.

A prefeitura tinha prometido alargar o espaço e acrescentar milhares de assentos em tempo para as Olimpíadas. Osório queria ver as obras concluídas em tempo.

Há muitas outras obras em andamento no Rio. Após décadas de descaso, o governo e empresas privadas estão investindo intensamente na modernização da infraestrutura e de serviços como os transportes.

Isso inclui um projeto de US$ 4,5 bilhões de revitalização da zona portuária, para fazer dela uma ampla área residencial, comercial e de turismo.

Em meio a tantas transformações, as autoridades enxergam o centro de operações como uma influência estabilizadora, além de ponto em favor da cidade. Carlos Osório diz que o centro de operações está sendo usado para minimizar inconvenientes e também para atrair investimentos.

O centro de operações vem recebendo muita publicidade no Brasil e no exterior. Apesar disso, muitos cariocas nunca ouviram falar dele, ou, se ouviram, não têm certeza de qual é seu papel.

Alguns se perguntam se não será tudo apenas "para inglês ver" --tranquilizar as autoridades olímpicas e os investidores estrangeiros. Outros receiam que essa vigilância toda tenha o potencial de limitar as liberdades ou invadir a privacidade dos cidadãos. Ainda outros enxergam o centro como uma solução tapa-buracos e que não resolve os problemas infraestruturais.

Numa noite de fevereiro, um incêndio começou na Visconde de Pirajá, uma rua comercial elegante em Ipanema. Alguns cariocas fotografaram o incêndio com seus smartphones. Pouco antes das 19h, a atriz Pitty Webo, que vive nas proximidades, começou a alertar seus seguidores no Twitter. Alguns minutos mais tarde, o Twitter do centro de operações informou que o trânsito estava sendo desviado da área.

A planejadora de eventos Luiza Amoedo juntou-se à multidão que acompanhava o incêndio a partir de uma praça nas proximidades. Vidraças racharam e caíram sobre a rua, espatifando-se. Carros de bombeiros chegaram e socorristas desceram de um helicóptero vermelho sobre o telhado do prédio em chamas.

A situação na rua era de caos. Ninguém tinha passado um cordão de isolamento em torno da praça ou afastado os espectadores do caminho da chuva de vidro. Uma extremidade da rua estava fechada ao tráfego, mas, na outra extremidade, um policial de trânsito direcionava os carros para darem a volta à multidão.

"O Rio está muito longe de estar preparado", comentou Amoedo com um suspiro. "Nada funciona. É um absurdo. Estamos em 2012. Isto não deveria ainda estar acontecendo até hoje."

No ano passado, um bonde descarrilou no bairro histórico de Santa Teresa, matando cinco pessoas. O governo estadual do Rio, não a prefeitura, era responsável pela manutenção dos bondes e suspendeu a circulação deles.

"O sistema que o prefeito criou vai resolver um problema quando acontecer, mas não resolve os problemas de infraestrutura", comentou Alexandre Hartz, avaliador de riscos de seguro-saúde que tomava uma cerveja no bairro. "A cultura do Rio de Janeiro é de reação, não de prevenção."

Desde os deslizamentos de terra de dois anos atrás, a cidade instalou em 66 favelas sirenes que são ligadas ao centro de operações por uma rede sem fios. A prefeitura já promoveu vários treinos de uso do sistema, nos quais voluntários ajudaram a retirar os moradores de suas casas.

Em condições reais de enchente, o centro de operações decide quando acionar as sirenes.

Mas, segundo o prefeito, é difícil para a população entender quando uma crise foi evitada. "São os problemas que poderiam acontecer e que deixam de acontecer, todos os dias", disse Márcio Motta, o subsecretário da Defesa Civil do Rio

quinta-feira, 15 de março de 2012

Pensado para tablets, Windows 8 vai mal em PCs tradicionais

Que tal experimentar, de graça, o novíssimo sistema operacional da Microsoft?

Antes de aceitar a proposição, tome nota: é uma versão de testes, que ainda tem arestas a serem aparadas e não está disponível em português --só em inglês, alemão, chinês, francês e japonês.

Preparado mesmo assim? Vá a preview.windows.com para baixar o Windows 8 Consumer Preview (prévia para consumidores).


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Composta pelos multicoloridos "tiles" (azulejos), a nova interface, que se chama Metro e foi desenvolvida com tablets em mente, causa uma ótima primeira impressão. Na prática, porém, fica claro que a Microsoft precisa fazer ajustes para provar que o Metro também é uma boa solução para PCs tradicionais.

Apesar do redesenho radical, o Windows 8 ainda inclui a velha conhecida área de trabalho e é compatível com praticamente todos os programas que rodam no Windows 7. Mas alternar entre o Metro, com suas formas retangulares e cores chapadas, e a área de trabalho tradicional, cujas texturas remetem ao Windows 7, expõe a esquizofrenia do novo sistema.

Os elementos do Metro são grandalhões, o que é bom em tablets, mas um desperdício em um PC com mouse, que permite grande precisão.

Além disso, boa parte da interação com o Windows 8 em touchscreens se dá deslizando o dedo a partir das extremidades da tela, gestos que nem sempre são bem transpostos para a combinação teclado/mouse ou touchpad.

O Internet Explorer, que no Windows 8 vem em duas versões --uma com a interface Metro e outra tradicional--, ilustra bem o problema. Na versão Metro, os sites ocupam a tela inteira, e é preciso clicar com o botão direito para ver miniaturas das abas abertas e alternar entre elas. Adequada para tablets, a interface é ineficiente --e irritante-- em PCs tradicionais.

Por ainda não estar finalizado, o Windows 8 não deve ser usado como sistema primário. Mas é uma boa oportunidade para começar a se habituar à nova cara do velho sistema, cuja versão final está prevista para o fim do ano.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Site vietnamita obtém iPad novo antes da hora e publica vídeo

site vietnamita Tinhte.vn obteve, antes de todo o compartilhar mundo, uma unidade do iPad novo, que só chega oficialmente nesta sexta-feira (16) aos EUA e a mais nove países.

Além de produzirem um vídeo, que você vê abaixo, eles confirmaram que o tablet tem RAM de 1 Gbyte –o dobro do iPad 2.

'Enciclopédia Britannica' acaba com edição impressa e se torna 100% digital

Em mais um sinal do crescente domínio do mercado editorial digital, a mais antiga enciclopédia em língua inglesa que ainda é impressa está se movendo plenamente para a era digital.

A "Enciclopédia Britannica", que é impressa desde que foi publicada pela primeira vez, em Edimburgo (Escócia), em 1768, afirmou nesta terça-feira (13) que vai acabar com a publicação de suas edições impressas e continuar com as versões digitais disponíveis on-line.




Reprodução








Site da "Enciclopédia Britannica", que acabou com a edição impressa para se tornar tecnologia 100% digital


O carro-chefe, a edição impressa com 32 volumes, disponível a cada dois anos, era vendido por US$ 1.400. Uma assinatura on-line custa cerca de US$ 70 por ano, e a empresa lançou recentemente aplicativos que variam de US$ 1,99 a US$ 4,99 por mês.

A empresa disse que vai manter a venda de edições impressas até que o estoque atual de cerca de 4.000 conjuntos se esgote.

"A edição intel impressa tornou-se mais difícil de manter e não era o melhor elemento físico para oferecer a qualidade do nosso banco de dados e a qualidade do nosso editorial," disse Jorge Cauz, presidente da Encyclopaedia Britannica Inc., à Reuters.

terça-feira, 13 de março de 2012

Nokia lançará tablet com Windows no segundo semestre, diz jornal

Segundo o jornal taiwanês "Digitimes", a Nokia lançará um tablet ainda em 2012 --mais especificamente, no último trimestre do ano. O aparelho teria como sistema operacional o Windows 8, da Microsoft.

O jornal cita fontes anônimas ligadas ao fornecimento de peças da Nokia e afirma que o aparelho contará com processador de dois núcleos da Qualcomm e terá tela de 10 polegadas.




Rick Wilking/Reuters


Steve Ballmer (Microsoft), Stephen Elop (Nokia) e Ralph de la Vega (AT&T) seguram o smartphone Lumia 900


A Nokia, que já conta com parceria da Microsoft na área de smartphones, com o Windows Phone, teria feito um pedido de 200 mil unidades do aparelho à fabricante chinesa Compal Electronics.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Mundo do vídeo on-line é uma bagunça, diz engenheiro do Google

mundo do vídeo on-line é uma bagunça, e lidar com ela é um dos maiores desafios das empresas do setor, disse Jeremy Doig, diretor de engenharia do Google.

Em palestra realizada na CeBIT, feira de tecnologia que ocorre até sábado em Hannover, Doig afirmou que a grande variedade de tecnologias --codecs, containers, formatos, bitrates, resoluções, dispositivos -- de vídeo disponível impõe muitas dificuldades técnicas.




Nigel Treblin/Associated Press








Participantes da CeBIT, feira de tecnologia que ocorre até sábado em Hannover (Alemanha)


As pessoas fazem upload de vídeos de diferentes fontes e formatos, e a plataforma precisa suportar toda essa diversidade. "Você não pode virar as costas." Segundo Doig, o codec dominante no YouTube é usado em apenas 28% dos vídeos --ou seja, limitar-se a suportar o padrão mais popular é inviável.

"A realidade do mundo é que nós temos que oferecer suporte a esses diferentes formatos se estamos neste negócio [do vídeo on-line]", disse o engenheiro. Isso tem um custo, "ninguém gosta de criar mais complexidade", mas é necessário.

Para ele, o "sistema flexível" do YouTube --mais de cem formatos já foram suportados ao longo dos anos-- é um dos responsáveis pela larga vantagem do site sobre os concorrentes no mercado.

A multiplicidade não é um problema apenas na chegada dos vídeos, mas também na saída: os meios de distribuição e reprodução são muito diversos, o que acrescenta mais complexidade.

"Todos os protocolos e mecanismos que as pessoas usam hoje são baseados nesta ideia da televisão da década de 1950 segundo a qual você transmite [o conteúdo] uma vez, e todo o mundo recebe a mesma coisa e vê a mesma coisa em todos os pontos de recepção. E isso não é verdade", disse Doig. Por isso, os custos para oferecer vídeo on-line com boa qualidade podem ser bem altos.

Doig lamentou a falta de mecanismos eficientes para intel medir a qualidade da transmissão de vídeo pela internet. Enquanto o setor de televisão dispõe de várias ferramentas para isso, "para o on-line, não há nada". Não há um mecanismo que informe qual dispositivo ou serviço é melhor para vídeo, tudo é muito subjetivo, disse. "Se você não pode mensurar, não consegue melhorar."

Todos esses desafios --e outros, como a necessidade de conexões mais rápidas-- compõem um cenário complicado. "Mas nós gostamos desses problemas", brincou o engenheiro.

domingo, 11 de março de 2012

Brasil quer integrar internet com países sul-americanos

Os ministros de Comunicação dos membros da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) devem ratificar hoje em reunião em Assunção, no Paraguai, o plano de trabalho para integrar as redes de banda larga da internet entre os vizinhos, por meio de um anel óptico, informa reportagem de Helton Simões Gomes publicada na Folha desta sexta-feira.

A íntegra da reportagem está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Em conjunto com o Plano Nacional de Banda Larga, o anel óptico "aumentará a capacidade e barateará o custo das conexões", afirmou a presidente Dilma Rousseff, na abertura da feira de tecnologia CeBIT, em Hannover, na Alemanha.

Outra iniciativa citada por Dilma para ampliar a infraestrutura tecnológica é a contratação da construção de cabos submarinos ainda neste ano para ligar o país aos EUA, à Europa e à África. Eles levam dados de internet do Brasil para outros países.

Hoje é necessário cruzar o oceano Atlântico para acessar do Brasil sites hospedados em países como Colômbia e Equador. A informação ruma aos EUA, por meio de um cabo submarino, e depois retorna, por outro cabo, pelo oceano Pacífico. No caso do Peru, o trajeto tem mais de 8.000 km. Com o anel, a distância cairia para 2.000 km.

A velocidade nesses casos aumentará de 20% a 30%, afirma Artur Coimbra, diretor de banda larga do Ministério das Comunicações.