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sábado, 17 de maio de 2014

Em cidade de SP com racionamento, morador perde emprego por falta de banho

O racionamento de água em Valinhos (a 89 km de São Paulo) já afeta o dia a dia dos moradores e a situação pode piorar. A Prefeitura pode estender nas próximas semanas o racionamento de água de 36 horas para 48h semanais, caso a captação da cidade continuem baixos. Muitos moradores já perderam compromissos importantes por não terem água para tomar banho, como o caso do pedreiro Nelson da Costa, de 51 anos. "É triste essa situação, eu deixei de pegar uma obra porque não tinha como ir conversar com a pessoa todo sujo. Passei o dia inteiro trabalhando em uma outra construção e estava sujo. Não dava pra ir falar com ninguém daquele jeito. Se o tempo sem água aumentar mesmo, nossa situação vai piorar ainda mais. A gente chega do trabalho cansado, sujo e não pode tomar banho", lamentou. A filha dele, Daniele da Costa, contou que deixou de ir ao aniversário de 15 anos de uma amiga pelo mesmo problema. "Perdi um festão. O aniversário caiu bem no dia do nosso rodízio. Aí acabei não indo", disse. A família tem tentado economizar água ao máximo. "Mesmo enchendo a caixa na noite anterior, está bem difícil. Não podemos usar água pra nada. A louça fica toda suja na pia, as plantas estão todas morrendo. Eu tinha bananeira, abacateiro, mangueira, mas está tudo seco. A água que eu bato a roupa no tanquinho, aproveito para lavar os braços e jogar um pouco no chão pra tirar a poeira", disse o pai.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Cruzeiro fica no empate, frustra torcida e dá adeus à Libertadores

A torcida compareceu em grande número (quase 45 mil torcedores presentes), mas desta vez a mística do Mineirão não funcionou e o Cruzeiro foi eliminado nas quartas de final da Libertadores. Sem reencontrar o futebol que o levou ao título brasileiro de 2013, o time celeste empatou com o San Lorenzo, por 1 a 1, nesta quarta-feira, e adiou o sonho de conquistar pela terceira vez o título do torneio continental. Derrotado no jogo de ida por 1 a 0, em Buenos Aires, o Cruzeiro precisa vencer por diferença superior a um gol para avançar às semifinais da competição. O San Lorenzo, que havia eliminado o Grêmio nas oitavas, passa pelo time mineiro e agora espera o vencedor do duelo entre Lanús e Bolivar. O Cruzeiro foi surpreendido logo aos 9min, quando o San Lorenzo aproveitou falha de Dedé e abriu o placar com Piatti. O time celeste descontou na etapa final com o zagueiro Bruno Rodrigo, mas a reação veio tarde e a equipe mineira ainda precisaria de mais dois gols para se classificar. Não conseguiu. Desde a reabertura do Mineirão (reformado para a Copa do Mundo), no início do ano passado, o Cruzeiro apresenta excelente retrospecto no local e o fator campo foi decisivo no título do Brasileirão. Em 39 jogos, foram apenas duas derrotas no estádio. Precisando vencer por diferença superior a um gol, o Cruzeiro entrou em campo modificado. O técnico Marcelo Oliveira sacou do time Ricardo Goulart e promoveu a entrada de Marcelo Moreno. Com isso, Júlio Baptista foi recuado para a função de armador. No meio-campo, Nilton voltou a ser titular e ganhou a vaga de Lucas Silva, que ficou no banco. Com uma postura ofensiva, o Cruzeiro sofreu um baque antes dos dez minutos. Apesar da vantagem, o San Lorenzo não ficou acuado na defesa. Pelo contrário. Foi ao ataque e abriu o placar com Piatti. Depois de um bote errado de Dedé, a bola chegou ao atacante, que finalizou sem chance para Fábio. O Cruzeiro teve a chance de empatar a partida aos 15min. Ceará cruzou da direita e Marcelo Moreno, livre, cabeceou para fora, com perigo. O time mineiro voltou a assustar com Júlio Baptista, aos 27min, que finalizou da entrada da área, mas a bola passou à direita do gol. O San Lorenzo também esteve perto de marcar o segundo. Num contra-ataque rápido, Piatti saiu livre na cara de Fábio, mas chutou em cima do goleiro celeste, que salvou com os pés. No último minuto do primeiro tempo, Marcelo Moreno recebeu na área e desviou a bola, que bateu nas duas traves e não entrou. Precisando de três gols, o Cruzeiro voltou com uma alteração ousada para o segundo tempo. Marcelo Oliveira tirou o volante Nilton, que não estava bem no jogo, para colocar o atacante Dagoberto. O time celeste voltou a encontrar dificuldade para chegar ao gol adversário. Aos 7min, Willian chegou a marcar, mas a arbitragem assinalou impedimento do atacante. Sem render, Júlio Baptista deu lugar a Ricardo Goulart. O Cruzeiro apertou e chegou o empate aos 25min. Bruno Rodrigo aproveitou um cruzamento na área e marcou de cabeça, dando esperança ao Cruzeiro. O jogo esquentou no Mineirão. Depois de uma confusão entre os jogadores, Romagnoli, que voltou ao time depois de cumprir suspensão de quatro jogos e entrou no segundo tempo, acertou Marcelo Moreno e acabou expulso. O clima quente ficou apenas na discussão entre os jogadores. O marcador permaneceu estacionado no 1 a 1, e o Cruzeiro deixou o Brasil sem representantes nas semifinais da Libertadores.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Justiça proíbe 4 líderes grevistas de promover paralisação de ônibus no Rio

O sindicato das empresas de ônibus do Rio de Janeiro, Rio Ônibus, informou que a Justiça do Rio determinou que quatro líderes da comissão de rodoviários que decidiu pela paralisação do serviço de ônibus nesta terça (13) e quarta-feira (14), identificados como Hélio Alfredo Teodoro, Maura Lúcia Gonçalves, Luís Claudio da Rocha Silva e Luiz Fernando Mariano, devem se abster de "promover, participar, incitar greve e praticar atos que impeçam o bom, adequado e contínuo funcionamento do serviço de transporte público, bem como mantenham distância das garagens das empresas consorciadas filiadas ao sindicato (Rio Ônibus)". A juíza Andréia Florêncio Berto, que tomou a decisão no Plantão Judiciário, cita a violência praticada na paralisação do dia 9 de maio e fixa multa de R$ 10 mil por cada ato de descumprimento da decisão. O Rio Ônibus informa que vai entrar com um pedido no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para que considere ilegal e abusivo todo o movimento grevista. Hoje, segundo o sindicato das empresas, pelo menos dez ônibus da Jabour foram depredados. Os motoristas e cobradores participantes começaram a paralisação, com duração prevista para 48 horas, à 0h desta terça-feira (13). Apesar disso, a paralisação já era sentida pela população às 23h de ontem. Era possível ver pontos com muita gente e verificar poucos ônibus para fazer a ligação entre o centro da capital fluminense e bairros das zonas norte e oeste da cidade. Com a paralisação, havia nos pontos de ônibus na região da Central do Brasil, no centro da cidade, quem esperasse caronas de colegas de trabalho, como o rádio-operador Felipe Rezende, 24. "Está impossível pegar ônibus pra Ilha do Governador, onde eu trabalho. Ontem à noite, quando saiu a notícia da greve, o pessoal do trabalho se mobilizou pra um dar carona ao outro. Vim de metrô, de Copacabana, e um colega vem me pegar aqui na Central", disse ele, minutos antes de entrar no carro do amigo. Entre as 5h45 e as 6h45, havia poucas linhas de ônibus circulando na região, geralmente abastecida por ônibus que partem de toda a cidade. Presença massiva, apenas a de veículos que fazem viagens intermunicipais, principalmente de oriundos da Baixada Fluminense. O ato havia sido decidido nesta segunda-feira, em assembleia realizada na porta do TRT, depois de uma audiência de conciliação que terminou sem acordo. Hoje, o número de ônibus nas ruas é ainda menor do que o da última paralisação, realizada na última quinta-feira. Os trabalhadores reivindicam aumento salarial de 40% (e não os 10% acordados entre o sindicato da categoria e as empresas de ônibus), o fim da dupla função e reajuste no valor da cesta básica –de R$ 150 para R$ 400. A convocação é feita por um grupo dissidente, que não se sentiria representado pelo Sintraturb-Rio (Sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus do Rio de Janeiro). Helio Alfredo Teodoro, líder dos dissidentes, disse em entrevista à rádio "CBN" que o sindicato das empresas de ônibus, Rio Ônibus, se recusou a abrir as negociações: "Nós fomos lá como plateia; fomos chamados apenas para assistir à discussão entre o Sintraturb e o Rio Ônibus."

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Inscrição para o Enem 2014 já está aberta; MEC adiantou horário

As inscrições para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2014 já podem ser realizadas no site do exame. Programada para 10h desta segunda-feira (12), de acordo com o MEC (Ministério da Educação), a reportagem do UOL conseguiu acesso ao sistema às 9h24 e realizou a inscrição em 5 minutos. A inscrição será realizada exclusivamente pela internet, no site http://sistemasenem2.inep.gov.br/inscricaoEnem. O sistema ficará aberto até as 23h59 do dia 23 de maio. Veja aqui o edital do Enem 2014 (no Diário Oficial) Confira 65 perguntas e respostas sobre o Enem 2014 A taxa de inscrição será de R$ 35. O prazo final para o pagamento do boleto será no dia 28 de maio. O participante concluinte do ensino médio no ano de 2014, matriculado em qualquer modalidade de ensino em escola da rede pública, será automaticamente isento do pagamento da taxa. Também será possível solicitar isenção do pagamento mediante declaração de carência no momento da inscrição. Ampliar Passo a passo mostra como se inscrever no Enem 201420 fotos 1 / 20 As inscrições para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2014 começaram nesta segunda-feira (12). Para ajudar os candidatos, o MEC (Ministério da Educação) elaborou um passo a passo sobre como realizar o cadastro; confira nas próximas páginas Leia mais Reprodução/www.enem.inep.gov.br As provas do Enem serão aplicadas nos dias 8 e 9 de novembro, após as eleições, conforme o UOL já havia adiantado. Neste ano, há previsão de uso de detectores de metais nos locais de prova. O Enem 2014 será aplicado em 1.699 municípios do país. A previsão é que 8,2 milhões de pessoas se inscrevam, um crescimento de 13,8% em relação aos 7,2 milhões do ano passado. No dia 8 de novembro (sábado), serão aplicadas as provas de ciências humanas e ciências da natureza. No dia 9 (domingo), serão os exames de linguagens, códigos e suas tecnologias, matemática e redação. Nos dois dias, as provas começam às 13h (horário de Brasília), com abertura dos portões às 12h.

domingo, 11 de maio de 2014

Maioria dos brasileiros é contra regra do voto obrigatório, afirma Datafolha

A pesquisa Datafolha concluída na última quinta-feira aponta que 61% dos eleitores rejeitam a imposição do voto obrigatório, regra prevista no artigo 14 da Constituição. Nunca tantos brasileiros foram contra o voto obrigatório, segundo reportagem da Folha de S.Paulo. Atualmente, o voto é facultativo só para analfabetos, pessoas com mais de 70 anos e os que têm 16 ou 17 anos. No entanto, o levantamento mostrou que se tivessem opção, 57% dos eleitores não votariam no próximo dia 5 de outubro, outro recorde. A pergunta sobre comparecimento é feita desde 1989, mas nas investigações anteriores, o total dos que não votariam se não houvesse obrigatoriedade nunca ultrapassou 50%. A pesquisa também mostrou que os maiores índices de oposição à obrigatoriedade do voto não estão entre os eleitores mais os jovens. No grupo dos que têm entre 16 e 24 anos, a rejeição é de 58%, um índice alto em relação aos padrões anteriores, mas no eleitorado mais maduro, de 45 a 59 anos, a opinião desfavorável à obrigatoriedade é ainda maior e passa para 68%. Em relação à renda e à escolaridade, a pesquisa apontou que quanto mais rico e escolarizado, maior a rejeição. Entre os que têm renda familiar mensal acima de dez salários mínimos, 68% são contra. Entre os que têm ensino superior, 71% rejeitam. O Datafolha ouviu 2.844 pessoas em 7 e 8 de maio. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. Em entrevista para a Folha, o cientista político Humberto Dantas, professor do Insper, em São Paulo, disse que esses resultados podem ser expressão de um aumento de descrédito nas instituições. "Há uma tendência de descrença que não ocorre só no Brasil", revelou. "Na Europa isso é muito forte, especialmente após a crise de 2009". Outra possibilidade, segundo Dantas, seria uma associação "indevida" entre interesse pelo voto e satisfação com os governos. Funcionaria assim: se a administração do momento é bem avaliada, o interesse pelo voto sobe; se é mal avaliada, o interesse cai. "Acho preocupante. Teria que verificar se as pessoas não estão sabendo separar as duas coisas", afirma. O cruzamento com a pesquisa de intenção de voto ainda revelou que a obrigatoriedade desfavorece a presidente Dilma Rousseff, líder com 37% no cenário mais provável. Entre os eleitores de Dilma, 43% dizem que não compareceriam às urnas se a eleição não fosse obrigatória.