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sábado, 23 de julho de 2016

Tiroteio em Munique: o que se sabe até agora

Dez pessoas morreram, entre elas o agressor, e outras 16 ficaram feridas em um tiroteio em um shopping em Munique, na Alemanha, na noite de sexta-feira. A polícia acredita que o ataque tenha sido executado por um único homem, que se suicidou depois da ação — um alemão de 18 anos de origem iraniana. As motivações do ataque ainda não foram esclarecidas. A polícia alemã não vincula o autor do atentado de sexta-feira em Munique ao grupo Estado Islâmico (EI). Não foram registradas quaisquer ligações. O chefe da Polícia de Munique, Hubertus Andrae, disse, neste sábado, não haver razões para acreditar que o suspeito por trás do tiroteio estivesse ligado ao EI. O atirador tinha 18 anos, nasceu e cresceu em Munique (tinha nacionalidades alemã e iraniana). As autoridades alemãs definem o homem como um rapaz desequilibrado.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Presidente da Turquia anuncia Estado de Emergência por três meses

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou em discurso televisionado três meses de Estado de Emergência no país, em resposta à tentativa fracassada de golpe ocorrida na semana passada. Segundo Erdogan, pode haver mais planos de dissidentes no sentido de tentar tomar o governo novamente. O Estado de Emergência, de acordo com ele, permitirá dar "passos mais eficientes no intuito de remover essa ameaça o mais rápido possível, que é uma ameaça à democracia, às leis e aos direitos de liberdade dos cidadãos no nosso país". Ele ainda comentou que as forças armadas continuam sob controle do governo e que "todos os vírus" existentes nelas serão limpos. Antes de encerrar seu pronunciamento, o presidente da Turquia expressou sua gratidão aos cidadãos que foram às ruas em demonstração de apoio ao governo.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Por que a estabilidade da Turquia é importante para o mundo

A Turquia é um país dividido e infeliz. As motivações da tentativa de golpe de Estado do último final de semana não estão claras, mas tentou-se tomar o poder no momento em que a Turquia sofre o contágio da violência da guerra na Síria e por divisões causadas pelo projeto do presidente Recep Tayyip Erdogan de transformar o país. O governo turco acusou indiretamente o clérigo islâmico Fethullah Gulen de estar por trás do golpe fracassado. No passado, Erdogan já acusou Gulen por uma série de problemas do país. O primeiro-ministro, Binali Yildirim, ameaçou qualquer país que der "suporte" a Gulen. "Não será amigo da Turquia e será considerado em guerra contra a Turquia", afirmou. Gulen vive em um autoexílio nos Estados Unidos. Ele já foi aliado de Erdogan, e chegou a ser considerado o segundo homem mais poderoso da Turquia, depois do presidente. Erdogan fortalecido? A Turquia é importante no Oriente Médio por sua localização geográfica, com um pé na Europa e outro na Ásia. Também porque é um membro de peso na Otan (aliança militar do Ocidente) e porque o presidente islamista Erdogan e seu partido AKP mantêm interesse especial pelos governos muçulmanos sunitas da região. BBC A Turquia possui localização estratégica, como porta da entrada ao Oriente Médio desde a Europa Em discurso que uma apresentadora turca disse ter sido obrigada a ler, os responsáveis pela tentativa de golpe disseram que estavam tentando restaurar a democracia secular do país. O partido do governo AKP se tornou especialista em vencer eleições, mas sempre houve dúvidas sobre o comprometimento de longo prazo de Erdogan com a democracia. Ele uma vez comparou a democracia com um ônibus que você pega até seu destino e depois desce. Erdogan é um político islamista que rejeitou a herança secular turca. Ele se tornou autoritário gradativamente, prendendo jornalistas incômodos e outros cidadãos. Agora que conseguiu evitar o golpe, ele poderia tentar impor um regime ainda mais duro ao país. Erdogan foi primeiro-ministro por muitos anos, de 2003 a 2014. Ele agora tenta alterar a Constituição do país para se transformar em um presidente com amplos poderes concentrados no Executivo.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Grupo brasileiro declara lealdade ao Estado Islâmico

Faltando menos de 20 dias para o início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, um grupo extremista muçulmano brasileiro declarou lealdade ao Estado Islâmico (EI). A informação, divulgada pela agência de notícias italiana Ansa, foi colhida pela especialista norte-americana Rita Katz, membro do SITE Intel Group, especialista em monitoramento de atividades terroristas . De acordo com Katz, o grupo criou um canal aberto na rede social Telegram (semelhante ao WhatsApp), chamado "Ansar al-Khilafah Brazil", onde escreveu: "Se a polícia francesa não consegue deter ataques dentro do seu território, o treinamento dado à polícia brasileira não servirá em nada", se referindo aos treinamentos conjuntos da polícia francesa com oficiais brasileiros como parte dos preparativos para segurança da Olimpíada.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Cidades turcas realizam 'vigílias pela democracia'

Em várias cidades da Turquia foram realizadas na madrugada deste domingo (17) "vigílias pela democracia" por causa do fracasso da tentativa de golpe de Estado da sexta-feira (15). Desde o início da tentativa golpista o presidente turco, o islamita Recep Tayyip Erdogan, tinha pedido a seus seguidores para sair às ruas para enfrentar o golpe. Ao longo do sábado, inclusive após saber já que o golpe tinha fracassado com toda segurança, Erdogan enviou uma mensagem de texto a milhões de cidadãos no qual se pedia ao povo para "defender a democracia". As emissoras turcas mostraram ao longo da madrugada imagens de milhares de pessoas reunidas nas principais cidades do país, como Ancara, Istambul e Esmirna. A imprensa turca afirma que a intenção de Erdogan e do governante partido islamita AKP é que as vigílias e protestos continuem durante os próximos dias.