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sábado, 24 de maio de 2014

Deficit do sistema Cantareira (SP) cresce 71,5% em maio

Depois de dois meses consecutivos de queda, o deficit de água do Sistema Cantareira subiu 71,5% em maio, segundo levantamento feito pelo jornal "O Estado de S. Paulo" com base nos boletins diários do comitê anticrise que monitora o manancial. Até sexta-feira (24), a diferença entre o volume de água que chegou às quatro principais represas do sistema e a quantidade retirada delas para abastecer a Grande São Paulo e a região de Campinas estava deficitária em 17,75 mil litros por segundo, o que levaria a uma perda de aproximadamente 46 bilhões de litros no mês. - O volume de água que chega diariamente aos quatro principais reservatórios que compõem o sistema Cantareira continua muito abaixo da média mensal e deve fazer de maio o mês mais seco da história do manancial. O nível de água da reserva, acrescido pelo volume morto, está em 26,2% nesta terça-feira (20) Leia mais Luis Moura/Estadão Conteúdo Os dados mostram que, apesar da redução de 28% do volume de água retirado do sistema pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) desde fevereiro, quando a crise foi anunciada pela empresa, o início do período tradicional de estiagem agravou a situação do Cantareira.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Com pedido de absolvição da procuradoria, Feliciano será julgado por estelionato no STF

O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) será julgado pelo plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quinta-feira (22) por uma acusação de estelionato. A PGR (Procuradoria-Geral da República) deu parecer contrário à condenação por falta de provas. Feliciano é acusado de ter recebido R$ 13,3 mil para realizar dois cultos religiosos no Rio Grande do Sul sem ter comparecido aos eventos. Ele responde por estelionato e será julgado pelo Supremo por ter foro privilegiado. A pena por estelionato pode dar de um a cinco anos de prisão, além de multa. Em depoimento ao STF em abril do ano passado, Feliciano disse que tentou devolver dinheiro de evento. "Procurei os advogados da pessoa, para minha felicidade descobri que eram evangélicos também, eram irmãos, e falei: 'Eu quero aqui pagar o que eu devo, quero devolver, e quero devolver com juros e correção para que não fique nenhum tipo de celeuma'", disse Feliciano ao Supremo. Durante o depoimento, Feliciano disse ainda que não sabia que, na véspera do evento, a sua assessoria havia confirmado, via e-mail, a sua presença na palestra. Segundo o pastor, a sua agenda é organizada por terceiros. Caso Feliciano seja condenado, não há definição sobre o que ocorrerá com seu mandato. Ministros do STF defendem uma condenação no Supremo determina a perda imediata do mandato parlamentar, mas membros da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados dizem que essa decisão é prerrogativa da Casa. O mesmo debate ocorreu com as condenações do julgamento do mensalão. Após intenso embate entre STF e Câmara, os deputados condenados presos renunciaram ao mandato. O deputado também responde a outra ação penal no STF. Em março deste ano, o ministro do Gilmar Mendes autorizou a abertura de um inquérito para investigar Feliciano pelo crime de preconceito contra religião. De acordo com o Ministério Público, Feliciano aparece em um vídeo postado na internet profetizando "o sepultamento dos pais de santo" e o "fechamento dos terreiros de macumba". Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o vídeo pode induzir ou incitar o preconceito. Se condenado por este outro crime, o deputado poderá receber uma pena de até três anos de prisão e multa. A Procuradoria solicitou a abertura de inquérito para investigar Feliciano no Supremo após duas representações contra ele serem protocoladas no STF. Uma delas foi apresentada pelo Templo Iniciático de Umbanda da Ordem Cruzada de Nossa Senhora da Guia e a outra redigida por um cidadão que denunciou o vídeo à corregedoria do Ministério Público em São Paulo. A reportagem tentou falar com o deputado, mas não o localizou até a publicação desta notícia. No ano passado, Feliciano presidiu a Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Sua gestão conturbada por projetos polêmicos defendidos por ele como a "cura gay" e amplamente criticada por representantes de entidades que defendem os direitos humanos.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Fred cava saída para Europa e gera clima de apreensão no Fluminense

As últimas semanas têm sido de apreensão dentro do Fluminense, quando o assunto em pauta é o futuro de Fred. Principal nome do clube e titular da seleção brasileira, o atacante dá repetidos sinais de que pretende mudar de ares após a Copa do Mundo. Ele já deu início a uma espécie de preparação para abandonar as Laranjeiras. A saída para um clube da Europa é considerada por Fred e seu estafe, que cavam uma transferência e tentam sondar opções vantajosas no mercado. Com contrato até o final de 2015, o capitão tricolor já conversou com clube e membros da patrocinadora Unimed a respeito de uma renovação do vínculo. A intenção de Fred em ter aumento de 50% do salário atual e passar a ganhar mais de R$ 1 milhão por mês fez o Fluminense deixar de lado as conversas e esperar os próximos acontecimentos – de uma forma pessimista. Neste meio tempo, Fred atacou torcedores organizados do Fluminense no início de abril. Em nota publicada nas redes sociais, o atacante criticou a postura dos tricolores que foram à sede do clube para protestar contra a má fase da equipe durante e após treinamento. Na ocasião, ele também colocou em dúvida o quanto vale se esforçar e se dedicar ao clube. Para completar o cenário desfavorável, vieram as entrevistas do atleta na sequência. Nas últimas três oportunidades em que falou à imprensa, Fred admitiu sair do Fluminense e argumentou com o fato de que o clube precisa fazer dinheiro com uma possível transferência. O Fluminense trata a chance de perder o seu capitão como real e, apreensivo, fala em tentar fazer o máximo para segurar o jogador. Boas exibições na Copa do Mundo, no entanto, podem valorizar Fred. O momento positivo no próprio Fluminense nas últimas partidas também aumenta as especulações. Com isso, a possibilidade de transferência ganha ainda mais força nas Laranjeiras. A diretoria tricolor precisa vender jogadores nesta temporada para fechar orçamento no final de 2014. No elenco do clube, não há nenhuma opção na vitrine para fazer dinheiro no mercado. Os jovens jogadores perderam espaço nesta temporada e não existem promessas valorizadas no elenco. Fred, apesar de seus 30 anos, é a peça de mais destaque. Se não conseguir a liberação de Fred para as últimas rodadas do Campeonato Brasileiro até a pausa para a Copa, o Fluminense pode ter se despedido de seu atacante no jogo com o Grêmio – em derrota por 1 a 0. O camisa 9 tricolor foi expulso na segunda etapa e virou destaque negativo após tomar dois cartões amarelos em sequência, com o jogo paralisado.

domingo, 18 de maio de 2014

Itaquerão tem 35 anos de problemas. E a inauguração não vai zerar a conta

Foram anos de espera e provocações. Mas não é só isso que a torcida do Corinthians tentará deixar para trás neste domingo, quando o time alvinegro fará o primeiro jogo oficial em seu novo estádio. Mais de 35 anos após terem recebido o terreno da prefeitura de São Paulo, os corintianos ainda tentam encerrar a lista de problemas que cercaram a construção da arena. Ainda inacabado, o Itaquerão será inaugurado num jogo entre Corinthians e Figueirense, válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. A partida já servirá como evento-teste para a Fifa, que assumirá depois do duelo a administração da arena. O UOL Esporte preparou uma lista com oito problemas históricos do estádio do Corinthians. Poucas coisas justificam mais o estereótipo do torcedor alvinegro, que costuma se dizer "maloqueiro e sofredor, graças a Deus". Doação, prazos ignorados e "abandono" O Corinthians encerrou em 13 de outubro de 1977 o maior jejum de títulos da história do clube. No dia 10 de novembro do ano seguinte, a torcida alvinegra vislumbrou a realização de outro sonho: a prefeitura de São Paulo concedeu um terreno de 197 mil metros quadrados à equipe em Itaquera, na Zona Leste, para a construção de um novo estádio. A cerimônia em que o prefeito Olavo Setúbal entregou o terreno a Vicente Matheus, presidente do Corinthians, teve presença até do general Ernesto Geisel, que ocupava a presidência da República. Matheus sonhava com um estádio que comportasse 200 mil pessoas. Ele apresentou duas maquetes (o "Vicentão" e o "Coringão II"), mas nenhuma foi além disso. Em 1988, o Corinthians ainda não tinha feito nenhuma intervenção no terreno o presidente Waldemar Pires chegou a lançar a pedra fundamental de um estádio em 1983, mas também não passou disso. O prefeito de São Paulo na época era Jânio Quadros, torcedor e conselheiro alvinegro, que deu nova concessão de 90 anos do espaço ao clube. Entre as contrapartidas da concessão, o Corinthians prometeu iniciar a terraplanagem do terreno em 90 dias e ter um estádio em condições de receber jogos, "ainda que não totalmente construído", num prazo máximo de quatro anos. Pela segunda vez, os prazos foram ignorados. Depois disso, a diretoria alvinegra estudou projetos de estádios na Raposo Tavares e na Marginal Tietê, por exemplo. E Itaquera, com investimento em torno de R$ 10 milhões, virou centro de treinamentos para as categorias de base do Corinthians. A ideia de um estádio no local foi abandonada durante anos.