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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

China teria ordenado ataque ao Google por violar censura estatal, revela WikiLeaks

Os Estados Unidos culparam altos funcionários do Partido Comunista Chinês do ataque que o Google sofreu no final do ano passado, que o obrigou a interromper temporariamente sua ferramenta de busca no país.


A informação consta nas mensagens diplomáticas secretas enviadas a Washington da embaixada dos EUA em Pequim, que foram publicadas neste sábado pelo site WikiLeaks como parte da progressiva difusão dos mais de 251 mil documentos aos quais teve acesso.

A embaixada americana obteve esta informação através de um contato habitual, considerado um sujeito "a ser protegido", que desconhece, no entanto, se o presidente, Hu Jintao, e o primeiro-ministro, Wen Jiabao, estavam cientes do boicote ao Google.

As mensagens revelam a tensão crescente que o Google sofreu no ano passado por sua reticência em aplicar a censura em sua ferramenta de busca, assim como as tentativas protagonizadas pela empresa para resolver a questão de maneira discreta, com intervenção do governo americano, antes de denunciar publicamente a situação.

Em uma das mensagens, de 12 de julho do ano passado, um funcionário americano explica como o Governo chinês decidiu bloquear o buscador durante 24 horas como medida de pressão, ao constatar que não estava filtrando os resultados das buscas como queria.

A principal reivindicação dos altos funcionários chineses era que a direção Google.cn, acessada pelos usuários do país, não tivesse nenhum link com a google.com, na qual os conteúdos não são filtrados.

Mas a pressão foi acentuada, segundo indica outra das mensagens, quando um alto funcionário do Comitê Permanente do Politburo do Partido Comunista Chinês descobriu que era possível fazer buscas em chinês sem censura no site mundial.

Como prova, este membro não identificado nos documentos, pôs seu nome e clicou na busca. Os resultados, segundo relata o funcionário americano, foram "críticos".

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