As mídias sociais -- com o poder de difusão de mensagens de consumidores descontentes no Twitter ou no YouTube -- estão obrigando as empresas a ser mais transparentes. Mas e os políticos? "Temos que fazer com os políticos o que fazemos com as empresas", disse ontem o presidente do conselho de administração do Banco Santander.
O executivo, que também é colunista da Folha, conversou ontem com jovens no Social Media Week, evento que acontece esta semana em São Paulo e, simultaneamente, em outras oito cidades dos Estados Unidos, Europa e Ásia.
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"O consumidor hoje está muito bem informado e sabe o que quer. Mas como sociedade, não cobramos dos políticos. Não devemos nos importar com o que eles falam, mas com o que eles fazem."
Barbosa foi aplaudidíssimo pela plateia de jovens ao falar sobre sua visão otimista para o futuro do Brasil e como as mídias sociais e a "sociedade conectada" estão ajudando a dar mais transparência ao país, e em especial, ao mundo corporativo. "Não existe mais 'on' e 'off'. Você está 'on' o tempo todo. Temos que acabar com aqueles que venceram na sombra", disse Barbosa, que é conhecido por seu engajamento ambiental, sobretudo quando presidia o Banco Real, que hoje faz parte do Santander.
O Santander, um dos principais patrocinadores do evento, conta com sua própria rede social corporativa, chamada de Círculo Colaborativo. São 30 mil usuários (de um total de 54 mil funcionários) e 276 blogs. "Essa rede social permite uma rica troca de experiência entre funcionários e ajuda a melhorar produtos e processos. Não é como uma caixa de sugestões que se perde. O que se escreve ali todo mundo lê", explica Barbosa.
De acordo com o executivo, o banco está montando uma estrutura simular para dar mais voz aos clientes. "Hoje já estamos no Twitter e Facebook, mas esse novo projeto é um passo além."
Realizado no centro de convenções da faculdade FAAP
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