Ciborgues, mentes escapando para fora do cérebro. Esses termos, empregados por Amber Case, são praticamente um convite a discutir o que a filosofia chama de problema mente-corpo.
Como conciliar espírito e matéria? Percebemos nossos pensamentos como algo qualitativamente distinto dos fenômenos corpóreos dos quais eles parecem depender. Mais ainda, se admitimos que a ideias são imateriais, como explicar que minha decisão de pegar um copo resulte na movimentação de um objeto?
A maioria dos filósofos, seguindo os impulsos naturais da maioria da humanidade, oferece respostas dualistas ao problema, isto é, reconhece que matéria e espírito são realidades distintas por natureza, ainda que possam afetar um ao outro, por mecanismos em geral obscuros. O autor que defendeu essa teoria com mais vigor foi René Descartes (1596-1650).
A partir do século 20, entretanto, o monismo começou a ganhar força. Por essa teoria, a dicotomia não faz sentido. Nossa mente não é mais do que o amontoado de impulsos eletroquímicos produzidos por nosso corpo.
Quem defende esse ponto de vista é o neurologista português António Damásio, autor de "O Erro de Descartes". Para Damásio, é um erro imaginar que apenas a mente pensa. O corpo e as emoções desempenham um papel-chave no que chamamos
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