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terça-feira, 1 de outubro de 2013

EUA começam paralisação parcial de serviços por falta de verbas 18

A Casa Branca determinou no final da noite desta segunda-feira (30) o início da paralisação das atividades em diversas agências federais, após o fracasso do Congresso em aprovar o novo Orçamento federal. O fechamento do governo, o primeiro nos Estados Unidos desde janeiro de 1996, obrigará que quase 800 mil funcionários fiquem sem trabalhar e pode custar mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2,22 bilhões) aos cofres públicos, segundo a Casa Branca. "As agências devem executar agora os planos para uma paralisação ordenada diante da ausência de recursos", disse Sylvia Mathews Burwell, diretora do bureau de Orçamento da Casa Branca. VEJA MAIS Obama assina lei que garante pagamento de militares, mesmo sem orçamento Impasse entre Senado e Câmara paralisou parcialmente serviços dos EUA; entenda Casa Branca anuncia resgate de US$ 300 mi para Detroit, atualmente em moratória "Pedimos ao Congresso que atue rapidamente para aprovar a lei (...) que permita tempo suficiente para a votação de um orçamento para o ano fiscal", destacou Burwell. A ordem foi emitida minutos antes de o governo americano ficar sem verba devido ao impasse no Orçamento envolvendo uma queda de braço entre os democratas e a oposição republicana. Wall Street fechou em queda nesta segunda-feira - assim como as principais bolsas mundiais -, afetada pela possibilidade de que os congressistas não cheguem a um acordo a tempo. Impasse no Congresso motivou paralisação A decisão ocorre após o Senado, de maioria democrata, rejeitar nesta segunda-feira à noite a nova versão do projeto de lei orçamentário aprovada minutos antes pela Câmara de Representantes, de maioria republicana. Os senadores democratas rejeitaram o texto do Orçamento devido ao artigo que adia a entrada em vigor da reforma de Saúde promovida pelo presidente Barack Obama, a chamada Obamacare, prevista para esta terça-feira (1º). Minutos antes, a Câmara de Representantes havia adotado um terceiro projeto temporário de Orçamento, por 228 votos a 201, aprovando o Orçamento mas retardando, por um ano, a aplicação do Obamacare. Para o senador democrata Harry Reid, os legisladores do partido Republicano "perderam a cabeça" e preferiram provocar a paralisação do governo federal apenas para impedir a reforma do sistema de saúde. "Albert Eistein dizia que a estupidez consiste em fazer a mesma coisa, várias vezes, pensando em se obter um resultado diferente", ironizou o senador Reid em referência aos deputados do partido Republicano. A proposta republicana "é uma extorsão, não um compromisso", declarou o senador democrata Charles Schumer nesta segunda-feira à rede MSNBC. "Não somos nós que queremos parar", justificou a representante republicana Marsha Blackburn à CNBC. Para a maioria dos americanos (46%), o agora efetivo fechamento parcial de repartições públicas é de responsabilidade dos republicanos, enquanto 36% culpam o governo, segundo pesquisa da CNN/ORC International publicada nesta segunda-feira, com margem de erro de 3,5 pontos percentuais. Obama fará nova reunião com congressistas nesta terça Em meio à queda de braço, o presidente Barack Obama se reuniu nesta segunda-feira com os líderes do Congresso e fará o mesmo na terça-feira, mas reiterou que não negociará sob ameaça de uma paralisação dos serviços. "Infelizmente, o Congresso não cumpriu com sua responsabilidade. Não foi capaz de aprovar um orçamento e como resultado, grande parte do nosso governo deve fechar agora até que o Congresso volte a financiá-lo", disse o presidente dos EUA, Barack Obama, em um vídeo divulgado pela Casa Branca. Projeto de reforma de saúde é centro do impasse A lei conhecida como "Obamacare" torna obrigatórios os seguros de saúde e destina fundos públicos para subsidiar as pessoas que não têm capacidade de adquiri-los. Os republicanos entendem que a norma disparará o já enorme déficit fiscal. Teto da dívida O Congresso deve votar, além disso, um aumento do limite legal do endividamento do país, atualmente em US$ 16,7 trilhões (R$ 37 trilhões), sem o qual os EUA se arriscam à primeira moratória de sua história a partir de 17 de outubro. No momento, o Estado federal funcionou graças a "medidas extraordinárias" adotadas pelo departamento do Tesouro, mas o titular dessa pasta, Jacob Lew, advertiu que em meados de outubro os fundos acabarão. (Com agências internacionais)

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