Pesquisar este blog

domingo, 24 de novembro de 2013

Países do Golfo temem aumento de ambição do Irã após acordo nuclear

DUBAI, 24 Nov 2013 (AFP) - As monarquias árabes do Golfo, que se sentem abandonadas pelo aliado Estados Unidos, desejam manter boas relações com o Irã, mas temem que o acordo sobre seu programa nuclear alimente aquele país em suas ambições regionais, segundo analistas. Os Emirados Árabes foram o primeiro país do Golfo a reagir ao acordo provisório concluído neste domingo em Genebra entre as grandes potências e o Irã, manifestando esperança de que o pacto "contribua para a estabilidade da região". As monarquias do Golfo nunca esconderam sua desconfiança em relação ao vizinho. "Como princípio, os países do Golfo desejam manter boas relações com o Irã", diz o analista saudita Jamal Khashoggi. "Mas o acordo reduziu o problema com o Irã à esfera nuclear, quando suas interferências na região representam uma preocupação fundamental para estas nações." Segundo o analista, os países do Golfo "temem que o Irã considere o acordo um alicerce para ter as mãos livres na região", onde autoridades iranianas são acusadas de apoiar militarmente o regime do presidente sírio, Bashar al-Asad, e alimentar a instabilidade no Barein e Iêmen através das comunidades xiitas naqueles países. O presidente americano, Barack Obama, tentou tranquilizar os aliados. "A determinação dos Estados Unidos continuará sendo firme, assim como nosso compromisso com nossos amigos e aliados, especialmente Israel e nossos parceiros do Golfo, que têm boas razões para serem céticos em relação às intenções do Irã." O premier de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou o acordo de "erro histórico", e afirmou que seu país tem o "direito de se defender". Os países árabes do Golfo e Israel não compartilham a mesma posição sobre o Irã, destaca Khashoggi, para quem "o principal problema do Estado hebreu é o programa nuclear".

Nenhum comentário:

Postar um comentário