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terça-feira, 13 de maio de 2014

Justiça proíbe 4 líderes grevistas de promover paralisação de ônibus no Rio

O sindicato das empresas de ônibus do Rio de Janeiro, Rio Ônibus, informou que a Justiça do Rio determinou que quatro líderes da comissão de rodoviários que decidiu pela paralisação do serviço de ônibus nesta terça (13) e quarta-feira (14), identificados como Hélio Alfredo Teodoro, Maura Lúcia Gonçalves, Luís Claudio da Rocha Silva e Luiz Fernando Mariano, devem se abster de "promover, participar, incitar greve e praticar atos que impeçam o bom, adequado e contínuo funcionamento do serviço de transporte público, bem como mantenham distância das garagens das empresas consorciadas filiadas ao sindicato (Rio Ônibus)". A juíza Andréia Florêncio Berto, que tomou a decisão no Plantão Judiciário, cita a violência praticada na paralisação do dia 9 de maio e fixa multa de R$ 10 mil por cada ato de descumprimento da decisão. O Rio Ônibus informa que vai entrar com um pedido no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para que considere ilegal e abusivo todo o movimento grevista. Hoje, segundo o sindicato das empresas, pelo menos dez ônibus da Jabour foram depredados. Os motoristas e cobradores participantes começaram a paralisação, com duração prevista para 48 horas, à 0h desta terça-feira (13). Apesar disso, a paralisação já era sentida pela população às 23h de ontem. Era possível ver pontos com muita gente e verificar poucos ônibus para fazer a ligação entre o centro da capital fluminense e bairros das zonas norte e oeste da cidade. Com a paralisação, havia nos pontos de ônibus na região da Central do Brasil, no centro da cidade, quem esperasse caronas de colegas de trabalho, como o rádio-operador Felipe Rezende, 24. "Está impossível pegar ônibus pra Ilha do Governador, onde eu trabalho. Ontem à noite, quando saiu a notícia da greve, o pessoal do trabalho se mobilizou pra um dar carona ao outro. Vim de metrô, de Copacabana, e um colega vem me pegar aqui na Central", disse ele, minutos antes de entrar no carro do amigo. Entre as 5h45 e as 6h45, havia poucas linhas de ônibus circulando na região, geralmente abastecida por ônibus que partem de toda a cidade. Presença massiva, apenas a de veículos que fazem viagens intermunicipais, principalmente de oriundos da Baixada Fluminense. O ato havia sido decidido nesta segunda-feira, em assembleia realizada na porta do TRT, depois de uma audiência de conciliação que terminou sem acordo. Hoje, o número de ônibus nas ruas é ainda menor do que o da última paralisação, realizada na última quinta-feira. Os trabalhadores reivindicam aumento salarial de 40% (e não os 10% acordados entre o sindicato da categoria e as empresas de ônibus), o fim da dupla função e reajuste no valor da cesta básica –de R$ 150 para R$ 400. A convocação é feita por um grupo dissidente, que não se sentiria representado pelo Sintraturb-Rio (Sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus do Rio de Janeiro). Helio Alfredo Teodoro, líder dos dissidentes, disse em entrevista à rádio "CBN" que o sindicato das empresas de ônibus, Rio Ônibus, se recusou a abrir as negociações: "Nós fomos lá como plateia; fomos chamados apenas para assistir à discussão entre o Sintraturb e o Rio Ônibus."

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