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quarta-feira, 7 de maio de 2014

"Não está tudo bem" com a inflação no país, admite Dilma durante entrevista

Durante um jantar com jornalistas na noite de terça-feira (6) no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a inflação está sob controle, mas reconheceu que "não está tudo bem" em relação aos preços. De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, no período de mais de quatro horas em que concedeu entrevista, ela fez uma defesa enfática de sua política econômica e chamou de "ridícula" as críticas mais pessimistas que afirmam que o país entrará em uma crise a partir do ano que vem, prometendo que não haverá aumento de impostos. "É absurda essa história de o Brasil explodir em 2015. É ridículo. Pelo contrário, o Brasil vai bombar", disse a pré-candidata do PT à reeleição. A presidente ainda negou que a inflação explique o mau-humor da população, que em pesquisas de intenção de voto vem demonstrando preocupação com o cenário econômico. "Tem uma coisa que explica o mau humor, que é a comparação entre taxa de crescimento de bens e taxa de crescimento de serviços", disse. Dilma ainda argumentou que a população sempre demanda por melhores serviços, mas que isso depende de investimentos de longo prazo, que não teriam sido feitos em nível suficiente no passado, para exemplificar, ela citou os aeroportos. A petista não perdeu a oportunidade para devolver as críticas de seus principais adversários na corrida presidencial, mesmo sem citar nomes. Sobre as afirmações de Aécio Neves (PSDB), que defende a necessidade de um maior rigor fiscal e chegou a reconhecer que, se eleito, tomaria decisões impopulares, ela disse: "Tem gente dizendo que tem medidas impopulares. Tem que ter cuidado para que medida impopular não se transforme em medida antipopular". Ao rebater as ideias de Eduardo Campos (PSB), que recentemente defendeu uma meta de inflação menor que atual, de 4,5%, ela afirmou: "Aí vem uma pessoa e diz que a meta de inflação é 3%. Faz uma meta de inflação de 3%... Sabe o que significa? Desemprego lá pelos 8,2%. Eu quero ver como mantém investimento social e investimento público em logística [com meta de 3%]. Não segura fazer isso". Ela também falou sobre a CPI para investigar a Petrobras, uma vez que o governo é acusado pela oposição de manobras para evitar a instalação da comissão. Dilma negou temer a investigação no Congresso: "Não tenho temor nenhum de CPI. Não devo nada, o governo é de absoluta transparência".

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